Na véspera do julgamento do habeas corpus que tentava impedir a prisão do ex-presidente Lula, em 2018, o general Villas Bôas, comandante do Exército, divulgou um tuíte, afirmando que o Exército compartilhava “o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e que os militares se mantinham atentos às suas missões constitucionais”.
Esse esclarecimento foi considerado uma ameaça ao STF. Independentemente, do que significou o alerta do chefe do Exército, a Suprema Corte deliberou de tal sorte a assegurar a prisão do maior corrupto da história do Brasil.
Na posse do ministro Dias Tofolli, na presidência do STF, em setembro de 2018, vários personagens cumprimentaram o general Villas Bôas, sendo que isso foi interpretado como gesto de solidariedade. O ex-ministro Joaquim Barbosa negou que seu cumprimento à autoridade militar tivesse o sentido de solidariedade.
Ora, o tuíte expressou a verdade sobre os anseios da população; e o STF cumpriu seu papel, desta feita, de acordo com a razão, lógica e proposições legais. Então, o que importa a interpretação do ex-ministro, senão alimento para formadores de opinião ávidos por fofocas?
Ademais, quando muitos apoiam um criminoso, constatamos que afora os crimes cometidos, ele não tem nada adicional para responder. Portanto, basta o recolhimento a uma penitenciária, de preferência, de segurança máxima.
A preocupação deve ser com aqueles que apoiam e concordam com os crimes. Trata-se de surto doentio pior do que qualquer pandemia.
A verdade e a liberdade são ameaçadas de forma inexcedível. Basta ver as agressões resultantes deste comentário.
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 15/Mar/2021]
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