sábado, 26 de junho de 2021

Articulista associado a malfeitor


No afã de atacar o governo federal, os formadores de opinião se valem de qualquer declaração de quem quer seja, não importando a estatura moral e ética de quem a proferiu. 

Nesse contexto, a CPI do Covid-19 ouviu o irmão de um deputado federal — conhecido por procedimentos e ações completamente fora de preceitos morais e éticos — produzir pérolas que não resistem à menor análise crítica.

Às vezes, bandido acusa bandido de crimes. Há irrecusável necessidade de avaliar o bandido acusador, a acusação e o suposto bandido acusado. Para que alguém preste contas de sua dívida, há a imposição de que as provas sejam alicerçadas na verdade; e, nesse caso, o acusador — não importando quão bandido seja — pode se tornar valioso. Aos formadores de opinião e à Justiça pesa a responsabilidade de esclarecer devidamente. 

No âmbito da CPI da Covid-19, presidida e relatada por contumazes acusados de malfeitos — vale dizer, com bandidos responsáveis pela acusação — não se tem um fio condutor apoiado na lógica e no bom senso. O que se constata é senadores acusados de crimes buscando encontrar um crime para servir de camuflagem para sua situação controversa. No interrogatório de irmão de parlamentar, essa percepção ficou comprovada.

 

Nem o irmão consegue apoiar e defender esse deputado complicado e que deveria ser recolhido imediatamente a uma penitenciária. Ao associar-se e solidarizar-se com ele, a articulista perdeu o rumo ou apenas está exercendo sua opção e vocação pelo desapego à decência, integridade e boa fé? Resta o efeito colateral: a recorrente prática da inverdade contribui para o resultado da eleição de 2022. Não aprendem! Ainda bem!

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[Divulgado no Estadão online de 26/Jun/2021]

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