Os integrantes da CPI do Covid-19 têm apresentado uma abordagem agressiva e mal-educada em relação aos interrogatórios a que são submetidas as pessoas que podem ser favoráveis ao governo federal no âmbito daquela comissão investigadora. Em relação à infectologista Luana Araújo — que foi cogitada para o cargo de ministra da Saúde e, antes da possível nomeação, foi recusada pelo governo federal —, houve uma espécie de “jogo de comadres”, já que a expectativa dos senadores que se opõem ao governo era conseguir uma batelada de críticas que contribuiriam para seu afã de infernizar o presidente da República.
A CPI da Covid-19 está infectada por políticos corruptos que se propõem a investigar corrupção e falha de gestão. Eles estão piorando. E vejam que a infectologista Luana de Araújo e o médico interrogador grosseiro Otto Alencar deveriam usar suas qualificações para transmitir que há um percentual pequeno de medicamentos (de todas as especialidades médicas), prescritos no mundo, com aprovação científica plena. Ela ignorou, omitiu-se pela simples razão de que foi desconvocada antes da investidura que aspirava, como titular do ministério da Saúde.
Diante de uma sequência de opiniões contrárias a meu comentário, ampliei o foco de juízo crítico, com .
Pelo visto, não há políticos corruptos.
O ex-honesto e ex-corrupto foi libertado porque não é ex-honesto nem ex-corrupto?
A esposa e demais familiares do caboclo do Amazonas [senador Omar Aziz] foram presos injustamente?
Os 17 processos na Justiça do outro [senador Renan Calheiros] são intrigas dos contrários aos ‘monkeys’ e aos ‘donkeys’?
Os corruptos não são problema?
Os adeptos, apoiadores e defensores são?
Ainda bem que 2022 está chegando. A faxina vai prosseguir.
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[Divulgado na Folha de São Paulo de 3/Jun/2021]
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