quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A eleição presidencial de outubro

A imprensa noticiou que o jurista Miguel Reale Jr. — autor do pedido de impeachment da presidente Dilma em 2016 — declarou seu voto em Lula nas próximas eleições presidenciais, sob a alegação de que é importante que petista vença no primeiro turno para “impedir ação desesperada de Bolsonaro”

 

Existe candidato que é ex-condenado e ex-presidiário? Caso exista e quer retornar ao local onde se tornou ex-autor do que o levou à condição de ex-tudo, quem lhe oferece apoio tem estatura jurídica e ética para propor impeachment de mandatário de qualquer coisa? Ou está saldando dívida de drama de consciência? Em qualquer circunstância, isso seria indicador do caráter do paciente? 

Enfim, tem-se aí a dimensão de quanto o cidadão precisa refletir, decidir e transmitir para as próximas gerações.

 

Diante do estímulo de um defensor meio envergonhado do ex-presidiário, dei continuidade à argumentação requerida.

 

A democracia é o único regime ou sistema que permite ao ser humano buscar seu objetivo primacial: a paz e a harmonia. Para tanto, a democracia se apoia em um quadrilátero: a liberdade, a verdade, a coragem e a ética. 

É verdade que bilhões de reais foram devolvidos para os cofres públicos por determinação da Justiça? 

É verdade que um funcionário da Petrobras devolveu voluntariamente para os cofres algumas centenas de milhões de reais? 

É verdade que o presidente da República, o presidente da Câmara dos Deputados, bem como o presidente, três tesoureiros do PT e outros petistas foram presos por corrupção? 

Debate civilizado se baseia na verdade, sob a égide da liberdade.

 

Em qualquer democracia desenvolvida, o criminoso é encarcerado após a condenação em 2ª. instância. Em pelo menos em um país, o encarceramento ocorre após a condenação em 1ª. instância. No Brasil, a prisão ocorria após a condenação em 2ª. instância. O STF alterou seu próprio entendimento para beneficiar meliantes contumazes.

Ademais, magistrados dos Tribunais Constitucionais da Alemanha e da França e das Supremas Cortes dos EUA e Reino Unidos não rasgam as respectivas Cartas Magnas nem difamam autoridades no exterior, para citar apenas duas mazelas presentes no Brasil.

 

Diante da má vontade e injustiça do interlocutor na avaliação do período militar iniciado em 1964, prestei os esclarecimentos que são imprescindíveis.

 

As Forças Armadas brasileiras contribuíram, na Itália, em 1945, para varrer do mundo o nazismo (6 milhões de assassinatos na Alemanha); impediram o comunismo (100 milhões de assassinatos no mundo) de se instalar no Brasil em 1935 e 1964.

O regime militar de 1964 elevou a economia brasileira da 43ª. posição no mundo para a 9ª. posição; elevou a quantidade de estudantes nas universidades de algumas centenas de milhares para quase 2 milhões; elevou a produção de petróleo de 70.000 barris/dia para 700.000 barris/dia; criou o FGTS, potencializou o BNDES e outras coisas essenciais.

 

Acrescentei as razões pelas quais entendo que o presidente sairá vencedor do pleito presidencial de outubro próximo. É imperioso destacar que, a despeito da inquietação dos adePTos das falsidade, a verdade repetida inúmeras acaba prevalecendo.

 

O presidente será reeleito por 4 razões: Auxílio Emergencial concedido para mais de 60 milhões de brasileiros e Auxílio Brasil, concedido em dobro, para mais de 15 milhões; combate à corrupção (nenhuma acusação contra o atual governo, dentre as várias levantadas em narrativas falsas, foi comprovada na Justiça); diante da crise mundial, a economia brasileira tem um dos melhores desempenhos no mundo (inflação em queda e PIB em alta); e last but not the least, o povo demonstrou nas manifestações de 7 de setembro e, em seguida, na presença do presidente no funeral da rainha Elizabeth em Londres, e na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, que a reeleição é inquestionável. Argumentos, liberdade e verdade são inexcedíveis.

 

Parodiando Fernando Pessoa, calma é preciso! Nove dias não são nove meses. A contar de hoje, são apenas a gestação da continuidade da prevalência da decência. “Para que chorar o que passou; lamentar as perdidas ilusões?” (Apud Chaplin, que criou o texto do filme “Luzes da Ribalta” e inspirou a letra, em português, da música homônima).

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[Comentários divulgados no Estadão online de 21/09/2022]

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