No início de setembro, a jornalista Consuelo Dieguez lançou o livro "O OVO DA SERPENTE”, cujo subtítulo é "Nova Direita e Bolsonarismo: Seus Bastidores, Personagens e a Chegada ao Poder". Essa obra relata os acasos, as estratégias e o oportunismo que desaguaram na vitória de Bolsonaro.
A escritora aponta o que considera como aspectos mais relevantes da vitória bolsonarista:
- os protestos nas manifestações de 2013;
- o empuxo da Lava Jato;
- o impeachment de Dilma Roussef;
- a capacidade de Bolsonaro arrebatar multidões;
- a conquista da simpatia de militares, religiosos, fazendeiros e empresários;
- a primacial estratégia tecnológica e digital; e
- a tentativa de assassinato por Adélio.
Conquanto não contenha críticas, julgamentos ou acusações explícitos à trajetória do presidente Bolsonaro, já no título, fica mais do que evidente, que o objetivo subjacente do livro é possibilitar o combate aos segmentos direitistas que possibilitaram sua ascensão ao poder.
Ao que parece, esse livro não despertou a atenção de uma boa parcela de políticos, intelectuais e outros formadores de opinião. Talvez, se tivessem a atenção devida, poderiam compreender melhor o fenômeno Bolsonaro e, em consequência, poderiam colocar algum risco para a provável reeleição do presidente.
De toda sorte, convém asseverar que a moça deveria sentar na escrivaninha, chocar o ovo envenenado, destruir o herdeiro e escrever um livro sobre os humanos que assassinaram cerca de 100 milhões de pessoas no mundo. Deveria, mas falta-lhe compromisso com a liberdade e a verdade para fazê-lo. Ela é vítima de doença infecto-contagiosa-ideológica. Outubro está chegando. As serpentes encolherão.
_________________
#################
[Postado na Folha de São Paulo online de 1º/Set/2022. Esse comentário foi censurado e recusado.] |
_________________
#################
Nenhum comentário:
Postar um comentário