A revista britânica The Economist publicou o artigo “Vença ou perca, Bolsonaro representa uma ameaça para a democracia brasileira” ("Win or loose, Jair Bolsonaro poses a threat to Brazilian democracy"). Como subtítulo, o autor da matéria acrescenta que “todos os indicadores apontam que ele perderá, mas dirá que ganhou” ("All the signs are that he will loose an election and say he won it)".
O articulista da revista não esconde a influência da oposição ao governo Bolsonaro e declara que à medida que o primeiro turno das eleições em 2 de outubro se aproxima, muitos brasileiros se preocupam porque Bolsonaro estaria planejando algo à semelhança de Trump, sem explicar em detalhes essa estapafúrdia comparação.
Fica evidenciado que a presença de multidões nas ruas no 7 de setembro — algo que foi constatado e tristemente confirmado por próceres oposicionistas — foi sonho de quem vive num outro planeta.
Resta-nos fazer o contraponto.
Nas eleições presidenciais do Brasil, o presidente Bolsonaro tem grande probabilidade de ser reeleito. Eis as razões:
– na crise resultante da pandemia e do conflito russo-ucraniano, o desempenho da economia brasileira está entre os melhores do mundo;
– as pessoas de baixa renda foram atendidas com o Auxílio Emergencial temporário (mais de 40 milhões de pessoas) e com o Auxílio Brasil continuado (mais de 15 milhões de pessoas); e
– não há nenhum caso de corrupção confirmado pela Justiça.
E por último, mas não menos importante, a razão primacial: a vontade majoritária dos cidadãos brasileiros, como foi demonstrado nas extraordinárias manifestações, no dia 7 de setembro, em face da comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil e do apoio popular ao presidente Bolsonaro.
Por oportuno, vale relembrar que, segundo um antigo e sábio mineiro, política é igual a nuvem: basta abaixar a cabeça e depois retomar a observação para constatar que a forma da nuvem se alterou completamente.
Ou então relembrar que um antigo político de Rochedo afirmava que política é igual a colheita — esta depende da consistência do solo, da qualidade da semente, das condições meteorológicas e da qualificação do agricultor. Basta a mudança de um desses aspectos para que haja a transformação, às vezes, completa, da colheita esperada. Por óbvio, em política basta a mudança de um dentre uma meia dúzia de aspectos relevantes, para o resultado mudar completamente.
Nesse contexto, há necessidade de cautela, atenção e cuidado na previsão sobre os resultados das eleições presidenciais brasileiras a se iniciarem daqui a 17 dias.
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[Divulgado na revista The Economist, por intermédio do Facebook e de mensagem Twitter, em 15/09/2022] |
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