segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Auditabilidade do processo eleitoral brasileiro - II

O Coronel Ricardo Sant’Anna faz parte da equipe de militares que, em atendimento a solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa escalou para analisar o processo de votação por intermédio de urnas eletrônicas.

Como o Coronel Sant’Anna mantém conta em rede social, em que divulga informações e opiniões favoráveis ao governo Bolsonaro, aí incluídas críticas à falta de transparência e impossibilidade de auditagem das urnas eletrônicas, o TSE excluiu esse militar da equipe de fiscalização, sob a alegação de que ele estaria espalhando fake News sobre o sistema de votação.

Ademais, o ministro Fachin afirmou que “a posição de avaliador não deve ser ocupada por quem divulga desinformação.”

 

"Fachin afirmou que a posição de avaliador não deve ser ocupada." Tudo bem! Os cidadãos trabalhadores e honestos estão afirmando que a posição de ministro não pode ser ocupada por magistrado que fez campanha pública pela presidente da República que o indicou para o STF; por quem declara a impossibilidade de fraude em sistema eletrônico que é usado apenas por Brasil, Butão e Bangladesh; por quem está impedindo a transparência e auditabilidade do processo eleitoral; e por quem libertou bandido, corrupto contumaz, da prisão.

 

Em face de resposta ofensiva de um leitor do Estadão, repliquei o comentário sem citar o interlocutor e sem me referir a suas grosserias.

 

É fundamental e imperioso a leitura, entre outros, de Heráclito e Parmênides, Platão e Aristóteles, Hobbes e Locke, Marx e Adam Smith, Gramsci e Bobbio. Daí decorrendo o aprendizado das diferenças entre liberdade e socialismo, tanto o nacional e quanto o real (alguns aprendem, outros, nunca). E sobretudo as lições de vida, de verdade e de ética transmitida pelos pais (eles transmitiram mesmo?). E quem sabe, haja a recordação (alguns recordam-se, outros nunca) de noções mínimas de educação e, especialmente, da recusa de acusações falsas e desconectadas da realidade. 

 

Assim os leitores estabelecem a diferença entre os que se valem de argumentos e os grosseiros e violentos; entre os que prezam a liberdade e a verdade e os que se comprazem com a falsidade; entre os que preferem a gestão eficaz em lugar da corrupção. Notem que eles não se envergonham nem se constrangem em expor suas limitações éticas e intelectuais. Fiquem atentos, eles aparecerão. Eles estão entre os presidiários, traficantes e corruptos; bem como os defensores dessa súcia. Em pesquisa de opinião, 95% deles têm a mesma intenção de voto na eleição de outubro. Perceberam as diferenças?

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[Divulgado no Estadão online de 8/Ago/2022]

[Divulgado no Estadão online de 8/Ago/2022]

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