No artigo “Os perdedores de Lula” (Estadão de 23 de dezembro), o Sr. William Waack, consagrado analista político, apresenta uma análise das possibilidades dos candidatos cogitados para a eleição presidencial de 2022 e aponta supostas vicissitudes de agentes da economia e de uma geração de comandantes militares, por terem acreditado em um período melhor para o País.
A análise guarda alguma coerência e razoabilidade, contudo peca e se macula no ponto de partida, ao presumir que, de acordo com as pesquisas eleitorais — e conforme cogitado no título do artigo —, o ex-presidente Lula é favorito no próximo pleito.
E peca por renunciar à verdade e ignorar êxitos da atual administração, sobretudo, em dois aspectos fundamentais: a neutralização da corrupção e os avanços na condução da infraestrutura brasileira.
Ademais, quando cita uma “geração de comandantes militares” está se referindo a uma minoria de militares de altos postos, que se perderam na trajetória, ao aspirarem uma participação nos destinos da Nação que extrapola suas respectivas qualificações intelectuais e de outras ordens.
Acreditar nessas pesquisas é ingenuidade, rentável negócio, desonestidade intelectual ou má fé?
E o que fazer com as informações e conhecimento contidos nos livros do Sr. Waack? Será que a assertiva “só a mudança é permanente”, de Heráclito, se aplica ao articulista?
Caberia parodiar Sócrates e continuar indagando?
Ou estudar melhor Sun Tzu, Aristóteles, Hobbes, Locke e Maquiavel para entender o absurdo do posicionamento dos intelectuais em relação às pesquisas, cuja falsidade até um símio bem ensinado perceberia?
O que falar para um jovem?
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[Divulgado no Estadão online de 23/12/2021]
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