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Com ampla divulgação na mídia, o instituto IPEC divulgou pesquisa relativa à eleição presidencial, indicando que Lula lidera no 1º turno, seguido por Bolsonaro, e com Moro e Ciro distantes em 3º. Nesse sentido,“o petista marca 48%, ante 21% do presidente; pesquisa eleitoral para 2022 tem margem de erro de 2 pontos percentuais.”
O IPEC é o instituto herdeiro do outro que apontava a vitória do Haddad em 2018. É a certeza da falta de confiabilidade. Os brasileiros são honestos, trabalhadores e opositores das pesquisas Fake News e, portanto, só elegerão quem não é ex-honesto nem ex-corrupto; e também quem não é ex-condenado nem ex-presidiário. Que virtuosismo acreditar em pesquisa que aponta quem não pode andar na rua, em aeroporto ou qualquer outro local público!
Em face da declaração de um interlocutor no sentido de que, em 27 de outubro de 2018, o IBOPE e o Datafolha indicavam o Bolsonaro como vencedor da eleição presidencial, contraditei.
A citação das pesquisas de 27 de outubro de 2018 não é razoável. O que conta é o resultado das pesquisas durante os seis meses de campanha que antecederam aquele pleito. O que conta é a opinião da maioria dos políticos. O que conta é a visão da intelectualidade e dos demais formadores de opinião. Durante seis meses, propagaram que o candidato vencedor perderia.
Na atualidade, o processo está se repetindo. Onde o presidente vai, multidões reúnem-se para aplaudi-lo; como ilustração, basta ver o que ocorreu na visita aos locais atingidos por enchentes, na Bahia.
Consolida-se a abordagem de que só a transformação e a ruptura são permanentes. 2022 já!
[*] O IPEC foi fundado em fevereiro de 2021 por executivos oriundos do antigo Ibope logo após o encerramento das atividades deste. Dentre seus sócios-fundadores está Carlos Augusto Montenegro, antigo presidente do Ibope.
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 15/Dez/2021]
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