quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Vício e virtude na Suprema Corte


O escritor Ruy Castro — que posa como autor de biografias de pessoas do campo das artes e do esporte — publicou artigo sobre a indicação do Dr. André Mendonça, ex-ministro da Justiça e ex-titular da Advocacia-Geral da União (AGU) para a Suprema Corte.

Acostumado com as idiossincrasias de celebridades, o colunista preferiu analisar o implante de cabelo que o novo ministro fizera recentemente ao invés de tratar de seu denso currículo acadêmico e profissional. 

Como ser humano, o Sr. Ruy Castro se insere na amostra de universo que faz opção pela pequenez, mostrando que, como profissional, e oposicionista ao governo, a vocação consequente o leva a resvalar para o despenhadeiro. 

É fácil identificar as virtudes preferidas pelo inconveniente articulista. São virtudes com as quais os integrantes de organizações criminosas aspiram e pelos quais agradecem aos governantes indesejáveis. É fácil traduzi-las por intermédio de ironia reversa.

 

O caboclo prefere no STF advogados de empresários de organizações virtuosas paulistas e de italianos virtuosos mantidos por suas virtudes no Brasil, advogado que passou em todos os concursos para magistrados, advogado que tem negócios virtuosos e outros com notório saber e ilibada conduta. Enfim, só a virtude interessa para o sábio articulista.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 2/Dez/2021]
 

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