A Folha de São Paulo publicou artigo de seu ombudsman com o título “As fantasias de Moro e da mídia”. É curioso notar que, de forma não tão explícita, mas com argúcia, o articulista expõe os dilemas da conjuntura política brasileira diante do desafio da eleição presidencial de 2022. Uma boa síntese deve passar do ambiente subliminar para a realidade inconfundível.
O articulista insinuou confrontar três abordagens: o resultado das pesquisas, piada que só faz rir os idiotas; a forma habitual de fazer política, ou seja, pelo bem ou pelo mal, Trump, Macron e Bolsonaro foram eleitos contrariando a velha política; e a visão míope dos intelectuais e da mídia, que se apegam ao mundo analógico e insistem em ignorar o mundo pós-digital. Inferência inequívoca: em 2022, a ruptura prosseguirá, seja com quem for. E a menos de um ano não surgiu alguém para esse desígnio. Quem viver, verá!
Um leitor aderiu aos argumentos do autor do texto, ressaltando o posicionamento dos principais órgãos de imprensa. Concordar com as assertivas é razoável
Se a Globo aderiu, a vaca foi pro brejo. Mais apropriado: se a mídia aderiu, o candidato foi pro brejo. O mundo pós-digital não comporta retrocesso. É só lembrar Heráclito (século VI a. C.): "só a mudança é permanente". E é só completá-lo: "só a transformação e a ruptura prevalecem". Ademais, uma simples passada por Hamlet expõe quão atrasados estamos.
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 12/Dez/2021]
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