quinta-feira, 28 de julho de 2022

Carta de Emergência aos brasileiros

A polêmica Carta em Defesa da Democracia, manifesto organizado na Faculdade de Direito da USP, reuniu cidadãos de origem petista e tucana e, agora, apoiadores do candidato  ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário, que foi libertado da prisão pelo STF, mas não inocentado. Por força de intensa campanha midiática, o polêmico documento está ganhando adesão de uma expressiva parcela de cidadãos.

 

É difícil imaginar que 165.000 brasileiros da elite empresarial, política, artística, jurídica e intelectual (sic) estão solidários com o candidato preferido de traficantes, pedófilos, corruptos, assaltantes e demais integrantes de organizações criminosas.

 

Em reunião de emergência para formular uma carta aos brasileiros, alguns caboclos mergulharam em divagações:

-      Aristófanes: “Dionísio, desculpe por ter incluído a comédia na tragédia.”

-      Aristóteles: “Platão, quando declarei que o humano é um animal político, eu deixei a besta fera de fora.”

-      Hobbes: “Karl, nós sistematizamos o ideário e eles o conspurcaram.”

-      Locke: “Adam, a liberdade não é um privilégio de todos.”

-      Gramsci: “Vladimir, de fato, a cultura não livra certos humanos da ignomínia.”

-      Bobbio: “Brasileiros, vocês são 70 milhões. Não desanimem; basta fazer a coisa certa em outubro.”

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[Publicado no Estadão online de 28/Jul/2022]

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