A polêmica Carta em Defesa da Democracia, manifesto organizado na Faculdade de Direito da USP, reuniu cidadãos de origem petista e tucana e, agora, apoiadores do candidato ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário, que foi libertado da prisão pelo STF, mas não inocentado. Por força de intensa campanha midiática, o polêmico documento está ganhando adesão de uma expressiva parcela de cidadãos.
É difícil imaginar que 165.000 brasileiros da elite empresarial, política, artística, jurídica e intelectual (sic) estão solidários com o candidato preferido de traficantes, pedófilos, corruptos, assaltantes e demais integrantes de organizações criminosas.
Em reunião de emergência para formular uma carta aos brasileiros, alguns caboclos mergulharam em divagações:
- Aristófanes: “Dionísio, desculpe por ter incluído a comédia na tragédia.”
- Aristóteles: “Platão, quando declarei que o humano é um animal político, eu deixei a besta fera de fora.”
- Hobbes: “Karl, nós sistematizamos o ideário e eles o conspurcaram.”
- Locke: “Adam, a liberdade não é um privilégio de todos.”
- Gramsci: “Vladimir, de fato, a cultura não livra certos humanos da ignomínia.”
- Bobbio: “Brasileiros, vocês são 70 milhões. Não desanimem; basta fazer a coisa certa em outubro.”
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[Publicado no Estadão online de 28/Jul/2022]
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