quarta-feira, 27 de julho de 2022

Carta em Defesa da Democracia

A Carta divulgada nesta terça-feira, 26, por tucanos, petistas e demais cidadãos — supostamente em defesa do sistema eleitoral e respeito ao resultado das eleições de outubro — inclui, como assinantes, empresários e políticos contrários aos processos da Lava Jato, Mensalão e Petrolão; contrários à prisão após condenação em segunda instância; favoráveis à libertação de corruptos condenados em todas as instâncias da Justiça; e favoráveis a sistema eleitoral com urna eletrônica sem voto impresso e auditável, que só é adotado pelo Brasil, Butão e Bangladesh, dentre mais de 40 países que adotam urna eletrônica.

A Carta inclui ex-ministros de cortes superiores, que são defensores de colegas que não passam em concurso para juiz; que tem negócios incompatíveis com a condição de magistrado; que defendem criminoso condenado em democracia desenvolvida; que prestam serviços advocatícios para integrante de organização criminosa; e que difamam, no exterior, instituições e autoridades brasileiras.

A Carta inclui artistas que, com frequência, vão para Paris, mas defendem as ditaduras de Cuba e da Venezuela; e que, não raro, são beneficiários da Lei Rouanet, e mostram-se incomodados com as correções feitas pelo governo atual. 

E o que é mais preocupante, a Carta inclui intelectuais que são apoiadores dos artistas, empresários, políticos e ex-ministros de cortes superiores citados. 

Nesse contexto, a Carta inclui assinantes descompromissados com a Liberdade, com a Verdade, com a Coragem, com a Ética, com valores e crenças fundamentais da Humanidade, com o destino das próximas gerações e, por mais paradoxal que possa parecer, com a Democracia. Enfatize-se: referem-se a esta com a mesma responsabilidade com que os nacionais-socialistas e os socialistas reais se referiam.

Em face desse estado de coisas expresso na incoerência e paradoxo resultantes do padrão de signatários da Carta em Defesa da Democracia, em outubro, haverá golpe. 

Por intermédio do voto na eleição presidencial, os brasileiros honestos, trabalhadores e compromissados com as próximas gerações darão um golpe:

– nos corruptos que causaram a maior crise moral e política da história; 

– nos apoiadores das ditaduras sórdidas, com a utilização de recursos públicos; 

– nos integrantes da mídia que recebiam financiamentos desnecessários para apoiar o governo de plantão; e

– naqueles que defendem a volta de um ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário. 

Será um golpe contundente, fatal e insuperável, amparado nas prescrições da Carta Magna!

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[Divulgado no Estadão online de 27/Jul/2022]

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