No passado, o escritor Fernando Morais escreveu a biografia da Sra. Olga Benário, comunista alemã, funcionária do serviço secreto soviético e que recebeu a missão de ser a guarda-costas e amante do dirigente comunista Luís Carlos Prestes, por ocasião da decisão de Moscou de tentar implantar o comunismo no Brasil. A condição de amante se destinava a facilitar o cumprimento do encargo, como era habitual naquela organização secreta. O Sr. Morais contribuiu para transformar a hedionda Sra. Benário em heroína — ela que que fez parte do grupo que assassinou a esposa de dirigente comunista brasileiro, sob a torpe alegação de que poderia prejudicar os objetivos dos correligionários.
Agora, o Sr. Morais publicou a biografia do Sr. Lula da Silva e contribuiu para dar-lhe uma imagem de político perseguido e injustiçado, dado que ignorou os rumorosos casos de corrupção e outros crimes com envolvimento do ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário. Nesse sentido, é fácil e razoável identificar os cidadãos que se empanturram com a obra plena de omissões e subterfúgios.
Quem gosta da Petrobras saqueada, delira.
Quem defende o Mensalão e o Petrolão, gargalha.
Quem apoia a maior crise de corrupção da história, se esfalfa.
Quem é adePTo da maior crise social, política e econômica do Brasil, se alegra.
Quem quer o cabra morando em triplex e sítio, vibra.
Quem deseja tudo isso, adora essa biografia do ex-isso e ex-aquilo (isso não se refere a honestidade e aquilo não se refere a penitenciária), e sonha.
Tudo isso para acordar em 2022 e verificar que não era sonho, era pesadelo.
Boa recuperação. É como gripe suína, dá e passa.
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[Divulgado no Estadão online de 16/Nov/2021]
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