Nove atuais ministros e nove ex-ministros do Supremo Tribunal Federal assinaram manifesto rebatendo o presidente da República, expressando a defesa da urna eletrônica destituída de voto impresso que permita a auditagem dos votos.
Magistrados que se prezam e tem consciência do valor de seu papel para a sociedade a que servem, devem se manifestar tão somente nos autos do processo em que são chamados a deliberar, e não na esfera política pública. Eles não foram investidos em seus cargos pelo voto majoritário da população, mas pela confiabilidade que lhes atribuíram o mandatário da Nação e o poder Legislativo.
Uma vez mais, ao se posicionar contra a adoção da urna eletrônica auditável, a Suprema Corte brasileira presta um desserviço à nacionalidade, com graves impactos na juventude e nas futuras gerações.
Nove ministros do STF e ex-presidentes do TSE defendem a urna eletrônica que é utilizada no Brasil, em Bangladesh e no Butão (nessa questão, três ‘Bs’ lamentáveis, vergonhosos e causadores de lamento e vergonha em seus respectivos cidadãos). Por outro lado, 46 países do mundo (a maioria desenvolvidos) usam urna eletrônica auditável como querem os brasileiros. Não há juízes em Brasília.
Por outro lado, renegam a urna eletrônica auditável: o ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário; um terço dos parlamentares brasileiros (aqueles que são acusados de corrupção); os formadores de opinião comprometidos com a criminalidade; a totalidade dos habitantes de penitenciárias; a maioria dos cubanos e venezuelanos (e agora dos argentinos). Adeptos, aliados e defensores dos citados. Enfim, um universo exemplar de gente cujo compromisso primacial é funesto.
De forma recorrente, retoma a necessidade de lembrança aos esquecidos e aos cidadãos de má fé.
Em 2009, com a lei 12.034, o Congresso Nacional aprovou o voto impresso; e em 2011, o STF derrubou-o.
Em 2015, com a lei 13.165, novamente, o Congresso aprovou o voto impresso; depois, a presidente Dilma vetou essa medida; em seguida, o Congresso derrubou o veto presidencial; e, em 2018, desafortunadamente, o STF repetiu a derrubada de práxis existente em todos os países democráticos desenvolvidos que adotam o processo eleitoral eletrônico.
Os defensores e apoiadores dos corruPTos e demais criminosos são absolutamente contra o voto impresso, existente em 46 países que adotam urna eletrônica.
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 2/Ago/2021]
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