Durante os últimos meses, ocorreu a maturação de manifestações previstas para o dia 7 de setembro, contra os desmandos da classe política e dos integrantes do poder Judiciário, que estão realizando um monumental esforço para enfraquecer e inviabilizar o governo Bolsonaro.
Em contraposição a esses anseios de uma ampla parcela de cidadãos, mais recentemente, uma sequência de manifestos, comunicados e declarações dos setores bancário, empresarial e político fazem eco à “defesa da democracia, da harmonia entre os Poderes e de reformas que sustentem a recuperação econômica”, bem como à “estabilidade política e respeito à integridade das instituições”.
Ora, quando a maior crise moral, social, econômica e política da história estava sendo implantada, essa turma bem-aventurada nos meandros dos benefícios governamentais se manifestou?
Quando o maior escândalo de corrupção da humanidade estava em curso no Brasil, o que fizeram esses patronos da democracia?
Quando os recursos dos cidadãos estavam financiando ditaduras hediondas onde estavam os integrantes desse clube de virtudes?
Agora que as possibilidades do ganho fácil e da corrupção habitual escassearam, essa turma acordou!
Hamlet o que dizer para Horácio?
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[Divulgado no Estadão online de 3/Ago/2021]
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