quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Preferência, opção e vocação política inexplicáveis

No editorial “O fardo de Lula” (Folha de São Paulo de 25 de agosto), são elencados os crimes cometidos sob a tolerância de Lula — isso, para este autor de garranchos ser cuidadoso e não lhe atribuir a responsabilidade que é inerente —, bem como as ações da Suprema Corte que resultaram na estapafúrdia anulação da condenação do ex-presidente.

De forma surpreendente, o articulista conclui implicitamente pela inviabilidade de vitória ou, caso essa se concretize, de um eventual governo do ex-presidiário.

 

As sentenças do ex-presidiário foram anuladas, disso dúvida não resta. E crimes podem ser anulados? E a delação do Palloci vai ser anulada? E o que fazer com o bilhões surrupiados que voltaram para os cofres públicos? E os recursos do BNDES (quer dizer do povo) emprestados para as ditaduras amigas e não pagos, continuarão sendo pagos pelo povo brasileiro? E os diretores da Petrobras condenados deverão ser indenizados pelo governo? E os presidentes e tesoureiros do PT serão anistiados? E o que fazer com as obras retiradas do Palácio do Planalto e, agora, armazenadas sob custódia?

 

Em face de uma sequência de comentários que se opõem a minhas assertivas sobre o ex-honesto e ex-corruPTo, prossegui com a provocação requerida.

 

Com certeza, a liberdade, a verdade, a coragem e a ética doem muito na mente de pessoas que extraem o gosto pela inverdade e a preferência por bandido favorito de suas mentes para atribuir a outrem. 

Hamlet diria para Horácio: “entre o céu, a cabeça de um canalha e a verdade, há tantos males que nossa vã filosofia é incapaz de admitir!”

Locke diria para Hobbes: “os corruptos e os mentirosos constituem uma redundância que não lhe agrada, prezado mestre, mas eles são o alicerce do autoritarismo com o qual o senhor busca a imortalidade”.

 

Apenas para os apreciadores! Que tal uma candidatura vitoriosa à presidência liderada pelo ex-corruPTo e com os seguintes possíveis integrantes do novo governo: E. Cunha, J. Dirceu, A. Palloci, S. Cabral, D. Roussef, Gedel V. Lima e todos os ex-tesoureiros do PT? 

Claro, trata-se da nata da genialidade, tão associada a possuidores de bandido favorito, fãs de violência, defensores de urna de primeira geração (afinal, ela torna possível seus objetivos), amigos de Cuba, Venezuela, Argentina, ....

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online em 31/Ago e 2/Set/2021. 
Em tempo: o último comentário foi recusado pelo jornal]

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