terça-feira, 28 de setembro de 2021

Cantinho dos familiares e amigos

1) Mensagem para o sobrinho Caio Bruno – 18/09/2021

      Ao completar 14 anos, o Caio integra a equipe de futebol mirim do Clube Atlético Paranaense e é um dos destaques do universo chamado Sub-16.


2) Mensagem para o amigo Marcelo Hermes – 19/09/2021

      O Marcelo ultrapassou 7.000 citações por seu trabalho científico e, por essa razão, está incluído no universo dos 1000 cientistas mais relevantes do Brasil. 

      Ele é autor da incrível teoria do mecanismo da natureza chamada de Preparo para o Estresse Oxidativo — Preparation for Oxidative Stress (POS).

      O POS consiste em um mecanismo par animais suportarem ambientes extremos, onde a concentração de oxigênio é baixa e começou a ser estudado pelo Marcelo a 30 anos e atualmente é estudado em 31 países.



3) Mensagem para o amigo C. B. G – 20/09/2021

      Duas observações curtas.

      O homem evolui por duas dentre outras razões essenciais: o desafio e a ambição. Isso desde o fogo, passando pela roda, flecha, meios de transporte, ..., até chegar à era nuclear e do transistor; e vai continuar com a edição genética, que — ao lado da automação, novas fontes de energia e similares — promete uma transformação grandiosa.

      Pois bem, o socialismo inibe, neutraliza e até elimina as duas razões ancestrais e ainda prevalentes.

      Nesse sentido, ao declarar que “o socialismo distribui a pobreza enquanto o capitalismo distribui a riqueza”, o Roberto Campos está tergiversando. O socialismo não distribui nem mesmo a pobreza (se ele distribuísse a pobreza de forma equitativa, ele atingiria o fim a que se propôs). De resto, ele apenas acumula a riqueza de alguns dirigentes. 

      A outra observação diz respeito aos americanos. Eles falharam em Cuba, na Coreia, no Vietnã, no Iraque, na Síria e no Afeganistão. E eu destacaria uma possível causa: nos três casos eles não levaram em conta as peculiaridades e a cultura locais. Eles agiram como se a população local pensasse e reagisse como eles próprios. Ou seja, vamos lá, usamos a força e implantamos os nossos valores.

      De empréstimo, segue uma terceira observação.

      Em sentido amplo, brasileiros com responsabilidade acadêmica e política estão fazendo algo meio parecido na Amazônia. É preciso levar em conta a população e as lideranças de lá.

Abraço forte,

ARS


4) Mensagem para o amigo J. B. C. – 21/09/2021

      Compreendo e concordo com seu comentário [sobre a inocuidade de postagem de comentários no jornal Folha de São Paulo]. Como você bem sabe, ao passar para a inatividade, decidi parar de trabalhar apesar de alguns convites. Entendo que por ter começado por volta dos 10 anos, podia e posso me dar esse direito.

      Afora os deveres familiares tardios, passei a ler um pouquinho mais. Houve um momento em que era assinante do Estadão, Folha, Globo, Veja, Correio Braziliense e New York Times. Por limitação de grana, a maioria era online (sendo apenas dois também impressos). Por favor, não há presunção, não quero ser presunçoso; lia uma coisa ou outra de cada um.

     Não concordar era uma razão para as assinaturas díspares. Uma forma de sair da bolha. E sobretudo, uma maneira de exercitar o contraditório (até em relação a canalhas).

      Pelas razões que você apropriadamente citou, no início de 2019, cancelei a maioria das assinaturas. Em relação à Folha, estou fazendo um teste. Apesar do cancelamento, eles permitem que eu acesse os artigos e coloque comentários. Uma filha manifestou a discordância em relação a minha atitude. Justifiquei: quero ver até onde eles vão sem perceber a falha de sistema.

      Às vezes, me sinto enojado com formadores de opinião (que às vezes chamo de formadores de Fake News) e com a reação de outros leitores que respondem a meus comentários de forma grosseira e até com xingamentos. Como eu mantenho um certo cuidado no linguajar, os poucos que se dispõem a ler comentário de leitores têm um mecanismo para avaliar quem pensa “o que” e “como”.

      Enfim, estou jogando conversa fora. Nesse isolamento, isso é possível e até necessário.

      Gosto de receber suas observações, sempre lúcidas e pertinentes.

Abraço forte,

ARS


5) Mensagem para o amigo Pimentel – 28/09/2021

      O grande amigo Pimentel, oriundo de Material Bélico — turma Marechal Mascarenhas de Moraes, de 1972 — presenteou-me com o livro "Suba, nade, corra, pedale e aproveite a paisagem", do Joel Kriger. 

      Nessa obra magnífica, são apresentados os desafios do autor da obra, que virou atleta aos 50 anos, e esteve em desafios milagrosos como escalar o monte Everest e atravessar nadando o canal da Mancha. Minha gratidão expressa ao Pimentel refletem alegria e emoção ...

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Brasília, 28 de setembro de 2021

Amigo Pimentel,

       Que surpresa!

       Que emoção!

Surpresa pelo magnífico presente. Ainda não li, mas em uma folheada rápida, já deu para perceber que trata das aventuras de alguém que joga no universo a que você pertence — o universo daqueles que se comprazem em desafiar os limites humanos e ensinar que as dificuldades não importam, não contam, não motivam. O que vale mesmo é a coragem e a disposição para contornar e vencer os obstáculos. A vida é agradável, alegre e enriquecedora pelas consequências do que vem de dentro de cada indivíduo e da vontade e energia empregados para conquistar as metas colimadas. Claro, isso não impede de lembrar do essencial — os seres humanos da família e do conjunto de amigos.

E aí vem a emoção com que o dileto amigo me privilegiou. Uma mensagem manuscrita que expressa bem como você navega com extrema facilidade pelas trajetórias dos desafios e das conquistas, bem como pela compreensão das sendas humanas, onde estão as únicas razões para que existamos, vivamos e evoluamos. Vale dizer, nada levamos deste mundo, senão um sorriso e uma palavra amiga no momento final.

E daí? Fico dando asas à imaginação e construindo a ideia de um próximo e aspirado presente: Cante, navegue, nade, corra, pedale, suba, pilote, salte e transmita para os amigos a virtude da alegria e das emoções”.

       Obrigado, fraterno amigo.

       Com um abraço no coração,

                        

                 Ribeiro Souto

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