domingo, 31 de outubro de 2021

Libertação versus reabilitação do meliante

Conquanto afirme que as pesquisas dão vantagem para Lula, em análise arrevesada, os articulistas da Folha de São Paulo Alberto Bombig e Matheus Lara apontaram “os sinais de que a zona de conforto de Lula pode estar chegando ao fim”

Esses caboclos estão querendo alertar para a debacle da oposição, porém, tergiversaram. A rigor, o que sequer começou jamais pode estar chegando ao fim. Melhor seria dizer que o fim foi a descoberta dos escândalos de corrupção do PT, denominados Mensalão e Petrolão. 

A libertação imposta pela magistratura não reabilita o meliante, até porque não retira o caráter criminoso da atuação do personagem. 

 

O ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário tem 95% das preferências entre os integrantes da súcia política que transformou Brasília em lixões de corrupção; entre os apoiadores de ditaduras hediondas, cujas dívidas com o Brasil estão sendo pagas pelos brasileiros; entre aqueles que querem a devolução para os corruptos dos bilhões que foram recuperados; entre os que são contrários ao encarceramento após a condenação em 2a. instância; e entre os presidiários. Aí está a zona de conforto desse caboclo. Vale dizer, essa turma está em estado de satisfação máxima, por opção e vocação.

 

Em face da confrontação a meu comentário postado junto ao artigo de Bombig e Lara, alguns leitores sugeriram que eu estava olhando o passado e me valendo de clichês.

 

Não preciso me atualizar. Como pré-socrático, estou em 500 a. C., com Heráclito, que afirmou: "Só a transformação é permanente!" Feliz Natal! E agora o melhor clichê: 2022 está chegando!

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 31/Out/2021]

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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Palavras alusivas ao 40º aniversário da Turma Octávio Jost – IME80

(Reconstituição a posteriori, com pequenas correções ou acréscimos)


Prezados amigos,

 

Determina o manual de liturgia de eventos que, em situação similar, o orador deva proferir suas palavras com a leitura de discurso previamente formulado para que não haja escorregão no cumprimento desse encargo.

Não tive a oportunidade de elaborar o texto. Vou falar aquilo que me vem à mente em tão relevante celebração.

Então, o que posso transmitir? Poderia relembrar acontecimentos pós-formatura como os quatro anos passados na Amazônia, fazendo obras nas fronteiras da Venezuela, da Colômbia e do Peru; ou os dois anos vivenciados no Oriente Médio, na condição de Adido Militar no Irã; ou os poucos dias nos quais visitei o complexo industrial-militar da Rússia, na Sibéria; ou ainda pequenos estágios na Universidade de Urbana-Champaign e na Universidade de Pequim. 

Porém, renuncio ao pecado da presunção e da soberba, para me fixar no tempo passado no Centro Tecnológico do Exército. Em lá chegando, encontrei 105 engenheiros militares formados aqui, neste excelso Instituto (e, também, da ordem de 60 engenheiros, na condição de civis, sendo a metade deles com o curso de doutorado). Os engenheiros militares tinham nas veias a mesma oxigenação que os integrantes de nossa querida Turma Octávio Jost, qual seja, a mesma formação apurada que cada ser humano e engenheiro aqui presente recebeu na Casa da Engenharia Militar.

Permitam-se o testemunho do que presenciei nos três anos passados no CTEx. No âmbito de algumas dezenas de projetos e resultados de Pesquisa & Desenvolvimento, aqueles engenheiros militares entregaram para a Força Terrestre brasileira seis artefatos bélicos — alguns dentre eles de uso dual — que jamais foram pesquisados, desenvolvidos e produzidos no Hemisfério Sul, por técnicos e cientistas nacionais e em parceria com empresas majoritariamente nacionais. Tenho a certeza de que esse é o nível intelectual, científico e profissional que baliza todos os integrantes da Turma Octávio Jost.

Esse testemunho aparentemente desconectado de nosso evento se justifica por uma razão singular, conquanto única; contudo, plural pelos envolvimentos institucionais e pessoais. Como bem sabemos, dentre os integrantes de nossa Turma celebrante, mais de 20 companheiros trabalharam ou ainda trabalham na Petrobrás. Pois bem, essa extraordinária empresa financiou um dos projetos do CTEx, concebido e empreendido pelo coronel engenheiro militar Luís Depine de Castro, voltado para a pesquisa de fibra carbono, a partir dos rejeitos da indústria petrolífera. 

O coronel Depine fez doutorado no Reino Unido e abraçou essa causa no Brasil, como coordenador desse projeto no CTEx, na parceria com a Petrobrás. Ao longo de mais de uma década, ele gerenciou a instalação no CTEx, do laboratório de pesquisa — com investimentos daquela empresa petrolífera de montante superior a 50 milhões de reais — e paralelamente orientou a formação de 5 doutores, na COPPE/UFRJ, dentre os engenheiros militares do CTEx, voltados para a atividade correlata. Como resultado, o Brasil foi inserido no rol dos poucos países do mundo com capacitação para produzir fibra carbono.

Durante alguns anos subsequentes, a parceria do CTEx com a Petrobrás foi quase completamente encerrada. E agora com a motivação oriunda da Presidência da República, sobretudo para a demanda de grafeno, a Petrobrás e o Exército, com participação do DCT, do IME e, naturalmente, do CTEx estão concluindo tratativas para retomar essa fundamental pesquisa de alcance estratégico para empresa financiadora e para o Brasil.

Escusando por me estender nessa digressão, entendo que, de forma direta ou indireta, há a interação de algumas dezenas de integrantes da Turma Octávio Jost com os engenheiros do CTEx, todos oriundos do berço da Engenharia brasileira.

Permitam-me agora passar aos agradecimentos que devem permear nossa celebração. Inicialmente, gostaria de expressar homenagem ao amigo Alvarenga, por dedicar parcela de seu precioso tempo para planejar e executar este evento. O alcance de seu trabalho pode ser medido pela superior quantidade de amigos que aqui compareceram.

É fundamental agradecer ao Comandante do IME, general Galdino, por colocar a estrutura do Instituto plenamente voltada para nossos objetivos. Ele não pôde estar aqui porque participa de reunião no DCT em Brasília, mas teve a gentileza de nos enviar uma mensagem de justificativa por sua ausência e de cumprimentos pela celebração do 40º aniversário de nossa formação. O general Galdino está representado pelo coronel Pacheco que nos recebeu com insuperável distinção. Sua presença é significativa porque ele é dos integrantes do universo dos 105 engenheiros que mencionei. Nossa homenagem e gratidão ao Comando do IME, nas pessoas do general Galdino e do coronel Pacheco.

Evidentemente, que devo agora me voltar para os seres humanos e, por óbvio, engenheiros de escol de nossa turma. Presto minha homenagem a todos. Manifesto a vocês, estimados amigos, o respeito e a admiração pelo talento e qualificação pessoal, intelectual e profissional. Em que pesem minhas limitações — oriundas de quem nasceu na campanha, lá na roça na fímbria do pantanal sul-mato-grossense, e saiu de casa aos 7 anos de idade para proceder a busca de seu destino —, declaro a honra e o privilégio de pertencer a esse conjunto. Com a redundância requerida ou dispensável, não hesito em expressar o respeito, a admiração, a gratidão e a homenagem a todos os integrantes da Turma Octávio Jost – IME80, incluindo os que estão ausentes, com ênfase para aqueles que estão em fase de recuperação médica, nessa ocasião magnífica de celebração do 40º aniversário de formação nas lides de Engenharia.

E por último, gostaria de formular duas sugestões. A primeira é que a última celebração de nossa Turma ocorra quando existirem apenas dois companheiros restantes, na ocasião complexa em que os demais já se tenham ido. A outra é que imediatamente após se configurar essa circunstância, seja ofertada ao IME uma placa para descerramento em singela solenidade. 

E que essa placa contenha o nome de nossa Turma, a data e a seguinte expressão:

              “A meta primacial do ser humano é a busca da paz e da harmonia. Essa meta só pode ser conquistada no âmbito da democracia. Por seu turno, esse sistema se alicerça em quatro pilares: a liberdade, a verdade, a coragem e a ética!”

Permitam-me convidar os amigos, engenheiro militar coronel Alvarenga e engenheiro Marcelo para fazerem o descerramento de nossa placa. Muito obrigado!

Aléssio Ribeiro Souto

IME, Rio de Janeiro, 29/Out/2021 






















[*] Nota esclarecedora.

Artefatos bélicos entregues para o Exército Brasileiro, que jamais tinham sido pesquisados, desenvolvidos e produzidos no Hemisfério Sul, por técnicos e cientistas nacionais, em parceria com empresas majoritariamente nacionais:

1.     – Radar SABER M-60 (Sistema de Acompanhamento de alvo aéreo Baseado na Emissão de Radiofrequência);

2.     – Simulador SHEFE (Simulador de voo para Helicópteros Esquilo e FEnnec);

3.     – Sistema de arma REMAX (REparo de Metralhadora Automatizado X);

4.     – Sistema MTO (Módulo de Telemática Operacional);

5.     – Sistema MAGE (Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica); e

6.     – Simulador NÃO-COM (Simulador de NÃO-COMunicações).

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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Pesquisa de opinião para a eleição presidencial de 2022

A mídia em geral e uma parcela de formadores de opinião encastelados na oposição ao governo Bolsonaro insistem em transmitir para os cidadãos a visão de que o ex-honesto, ex-corruPTo, ex-condenado e ex-presidiário Lula tem elevada preferência dos eleitores nas pesquisas de opinião.

 

Em artigo do Estadão, há a citação de pesquisa em que o Lula teria 45% de preferência dos votos. Essa pesquisa está completamente errada: o Lula tem 95% das preferências. Por óbvio, entre os integrantes da súcia política que transformou Brasília em lixões de corrupção; entre os apoiadores de ditaduras hediondas, cujas dívidas com o Brasil estão sendo pagas pelos brasileiros; entre aqueles que querem a devolução para os corruptos dos bilhões que foram recuperados; entre os que são contrários ao encarceramento após a condenação em 2ª. instância; e entre os presidiários, especialmente aqueles que lideram organizações criminosas autoras de crimes hediondos.

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[Divulgado no Estadão online de 28/Out/2021]

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Inadequada comparação com JK, o construtor de Brasília

O presidente do Senado, Rondon Pacheco, tem mantido na gaveta as propostas de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. Afora garantir que acusações que possam surgir contra ele não venham a prosperar na Suprema Corte, o mandatário da mais alta instância do Poder Legislativo é sócio — ora afastado pela imposição do alto cargo que ocupa — de escritório de advocacia mineiro com causa em trâmite na Justiça, com possibilidade de ganho da ordem de centenas de milhões de reais, atinente ao rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, com mais de duzentas vítimas.

O senador Pacheco está se arvorando a uma possível candidatura a presidência da República em 2022, em oposição ao presidente Bolsonaro. Nesse sentido, tem buscado estabelecer um paralelo com a figura do insigne presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que governou o Brasil de 1956 a 1960 e notabilizou-se pela elegância na comunicação com a sociedade, com irrepreensível obediência aos cânones da liturgia do cargo; por tentar governar segundo o jargão “empreender 50 anos em 5”; e sobretudo por legar para a posteridade a construção de Brasília.

Ademais, o JK jamais teve leniência com autoridade que não tivesse “notório saber jurídico e ilibada conduta”. O JK era médico, cuidava de seres humanos e não tinha a perspectiva de ganhar milhões com “processos espúrios”. O JK jamais teria construído Brasília se soubesse que esse Patrimônio da Humanidade seria ocupado por súcia geradora de lixões de corrupção. Portanto, são inconvenientes, inadequadas e sórdidas as comparações que enlameiem a figura desse cidadão do mundo e benfeitor da sociedade.

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[Divulgado no Correio Braziliense online de 28/Out/2021]

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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Praia Vermelha – história e educação


Praia Vermelha

Edifício da Praia Vermelha (EPV)

Praça General Tibúrcio

Marco de Pedra 

Monumento aos Mortos da Intentona Comunista

Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados

Estação do Bondinho do Pão de Açúcar

Círculo Militar da Praia Vermelha

Escola Municipal Gabriela Mistral

Pista Cláudio Coutinho

Escola de Guerra Naval (EGN)

Instituto Militar de Engenharia (IME)

Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME)

Conclusão

 

Uma foto aérea da praia Vermelha e de suas adjacências pode ocasionar um turbilhão no mundo subjetivo, estimulando a imaginação, despertando a saudade e revelando nostalgia naqueles que tiveram a ventura de andar por lá.

O conhecido jargão “uma imagem vale mais do que mil palavras” jamais perde seu valor. Será que mais de mil palavras podem contribuir para racionalizar e potencializar o que brota do interior ao se visualizar a rica imagem em tela? 

Da mesma forma que uma expressiva parcela de amigos e irmãos de arma, diuturnamente — ao longo de vários anos, em quatro períodos distintos —, cruzei o espaço mostrado nessa foto de profundo significado histórico, de incontida beleza e de vital importância educacional. A compilação ora apresentada surpreende, pois, mesmo a duradoura vivência do passado não permitiu o conhecimento pleno de cada amostra desse extraordinário recanto carioca.

Então, nesta coletânea, há a tentativa de caracterizar cada espaço específico dessa região encravada entre a Urca, Botafogo e Copacabana, na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro.

 

Praia Vermelha [1]

Em 1701, em face da posição estratégica da praia Vermelha, na área contígua a suas areias, foi erguido um forte destinado à defesa da cidade. Em 1710, esse forte permitiu que uma coluna de assalto do corsário francês Jean-François Duclerc fosse repelida.

No século XIX, a organização militar passou por evoluções construtivas e funcionais, até que, de 1858 a 1904, passou a abrigar a Escola Militar, antecessora da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). É imperioso ressaltar que nessa Escola, lecionou Benjamin Constant. Esse respeitado intelectual difundiu os ideais republicanos entre a jovem oficialidade, que contribuiu para a proclamação da República em 1889.

No século XX, após a revolta da Escola Militar (no contexto da Revolta da Vacina, em 1904), a instituição foi transferida para o bairro do Realengo, sendo o prédio da Praia Vermelha utilizado como "Pavilhão das Indústrias" na Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil.

Entre 1921 e 1935, a edificação abrigou o 3º Regimento de Infantaria. Esse Regimento foi organização militar crucial da Intentona Comunista de 27 de novembro de 1935, quando cerca de trinta membros da Aliança Nacional Libertadora sublevaram a guarnição (cerca de 1.600 praças e 100 oficiais), prendendo os legalistas no Cassino dos Oficiais. Bombardeado por terra, mar e ar, o Quartel da Praia Vermelha foi severamente atingido, forçando a rendição dos amotinados. Após esse episódio, a edificação foi demolida.

Da Real Academia Militar à Academia Militar das Agulhas Negras [2]

Com a transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808, foi criada pelo príncipe-regente, em 1810, a Real Academia Militar do Rio de Janeiro.

Após a proclamação da independência do Brasil (1822), a academia passou a ser denominada Imperial Academia Militar. Em 1832, o seu nome mudou uma vez mais, para Academia Militar da Corte. Em 1840, passou a denominar-se Escola Militar, a partir de 1858, Escola Central, sendo transferida para as dependências do Forte da Praia Vermelha.

Os engenheiros formados na Escola Central eram civis e militares, pelo fato de ser a única escola de engenharia no país. Em 1874, a Escola Central transitou para a Secretaria do Império passando a formar exclusivamente engenheiros civis, enquanto que a formação dos oficiais de engenharia e de artilharia continuou a ser realizada na Escola Militar da Praia Vermelha até 1904. A escola foi fechada porque seus alunos aderiram à Revolta da Vacina, passando o edifício a acolher um regimento de infantaria. Os oficiais de infantaria e de cavalaria passaram a partir de então a ser formados na Escola de Guerra, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.

Em 1913, objetivando unificar todas as escolas de guerra e de aplicação, foi criada a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, que formou os oficiais do Exército Brasileiro por quase quarenta anos.

Diante da necessidade de aperfeiçoar a formação de oficiais para um exército que crescia e se operacionalizava, foi criada em Resende, em janeiro de 1944, a Escola Militar de Rezende. Na época, houve também a intenção de afastar a juventude militar da efervescência política da capital do país, que ainda era o Rio de Janeiro. Seu idealizador foi o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Em 1951, a instituição passou a denominar-se Academia Militar das Agulhas Negras.

 

 

Nos dias atuais, a praia Vermelha e seu entorno estão ocupados pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), Instituto Militar de Engenharia (IME),  outras organizações militares, monumentos e demais facetas urbanas mencionadas neste levantamento; que, por seu turno, resulta de observação, eivada de cunho sentimental e nostálgico, de uma imagem fotográfica de grande apelo geográfico, histórico e educacional.

Edifício da Praia Vermelha (EPV) [3]

O Edifício Praia Vermelha (EPV) é um Estabelecimento Militar, de natureza especial no âmbito do Exército, destinado a complementar, sob o ponto de vista de assistência social, as instalações das Escolas Técnicas [Instituto Militar de Engenharia (IME)] e Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), possibilitando aos oficiais-alunos dessas organizações de ensino militar superior, quando acompanhados de suas famílias, acomodações condignas, nesta Capital, sob a forma de apartamentos, utilizáveis até a conclusão dos respectivos cursos (Decreto Nº 45.839, de 22/04/1959). Essa destinação sofreu acréscimo e aperfeiçoamento, contudo é transcrita por curiosidade histórica.

No andar térreo do EPV e em torno do edifício há vários estabelecimentos destinados a facilitar o dia-a-dia de seus moradores. Entre outros, destacam-se: posto do Banco do Brasil, posto de atendimento da FHE/Poupex, loja de roupas, depósito de água, oficina de artesanato, brechós e salas para reunião de grupos religiosos evangélicos, católicos e espíritas. 

A gestão do prédio fica a cargo da Prefeitura Militar da Zona Sul (PMZS), localizada no 1º andar do EPV.

Praça General Tibúrcio [4]

A Praça General Tibúrcio é um logradouro localizado no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, cujo nome homenageia o general Antônio Tibúrcio Ferreira de Souza, professor e oficial participante da Guerra do Paraguai.

 

Perfil do Gen Tibúrcio [5]

Com a eclosão da Guerra da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina versus Paraguai), Antônio Tibúrcio de Souza deixou o cargo de professor de Física e Química na Escola Militar e  partiu para frente como 1º Tenente de Artilharia. Combateu, também, durante alguns meses, na Engenharia, e depois se transferiu para a Infantaria. No Comando do 16º Batalhão de Infantaria, como Major, e, mais tarde, do Batalhão de Voluntários da Pátria Cearense, consolidou a fama de um dos mais valorosos e bravos líderes em combate, tendo conquistado a promoção a tenente-coronel por bravura diante do inimigo.

 

 

Em seu entorno, afora o IME e a ECEME, localizam-se a Escola de Guerra Naval (EGN), a estação do Bondinho do Pão de Açúcar, o Círculo Militar da Praia Vermelha e a escola municipal Gabriela Mistral.

Na Praça e em sua circunvizinhança, destacam-se ainda o Monumento aos Mortos na Intentona Comunista, o Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados e o Marco de Pedra.

Marco de Pedra [6] 

À frente da Praça General Tibúrcio, há uma região circular — que permite o retorno de veículo, antes de circundar a praça —, onde foi colocado um marco de pedra com cerca de 1,5 m de altura; e que contém uma placa com a seguinte inscrição: “Neste local e noutros pontos do País, militares brasileiros fiéis às instituições democráticas resistiram à insurreição comunista de novembro de 1935. Em lembrança do seu sacrifício, as Forças Armadas fizeram plantar este marco em novembro de 1964.”


Monumento aos Mortos na Intentona Comunista [7] [8]

“O Governo Federal mandou construir este mausoléu para perpetuar a memória dos bravos e abnegados militares mortos na rebelião comunista de 27 de novembro de 1935 e que, com seus exemplos de fidelidade às nossas instituições tradicionais se impuseram ao reconhecimento da Nação. 27 de novembro de 1940”.

O Monumento é construído em mármore e granito. Na parte frontal do Monumento encontra-se uma estátua em bronze de um soldado, representado no momento em que é ferido em combate. Nas laterais do pedestal estão, do lado esquerdo, uma figura em alto relevo de um soldado da Marinha do Brasil, e do lado direito a figura de um soldado do Exército Brasileiro. Na parte frontal do pedestal há uma figura feminina segurando uma guirlanda, representando a glória póstuma dos militares homenageados. Nas laterais das arcas uma placa em bronze lista os nomes dos trinta e um militares mortos no conflito. 

Na parte frontal, na arca esquerda, há uma frase do filósofo Horácio (65 a. C – 8 a. C.): 

“Dulce et decorum est pro pátria mori” (“É doce e decoroso morrer pela pátria”). Na fronte da arca da direita estão os nomes das três cidades cenários dos conflitos: Rio de Janeiro, Natal e Recife. 

 

Origem da Intentona Comunista [9]

No início da década de 1930, em Moscou, o agente Johann H. A. de Graaf (alcunhado Johnny), foi convocado à sede do M4 (sigla do então Serviço de Inteligência Soviético), pelo camarada Alfred Langner e — na presença de Piatnitski, Manuilski e Pavel Vasiliev (integrantes do alto escalão daquele serviço) — 

ouviu a seguinte deliberação: “... Johnny, sua próxima missão será no Brasil. Como parte de um grupo altamente especializado, sendo você o único membro do Estado-Maior, a missão é cultivar, recrutar e desenvolver células dentro e fora das forças armadas e organizar a revolução no Brasil ...”.

Então, um grupo formado por Luís Carlos Prestes (já considerado em Moscou um especialista da Internacional Comunista, a Comintern), Johnny (do M4), Arthur Ernst Ewert (do Comintern), Pavel Vladimirovich Stuchevski (membro da sinistra NKVD, a Polícia Política, depois transformada em Ministério do Interior), Rodolfo José Ghioldi (chefe do Partido Comunista argentino), outros dois argentinos, um italiano, um americano e cinco membros do Partido Comunista brasileiro viajaria para o Rio de Janeiro. 

As esposas verdadeiras de Ewert, Ghioldi e Stuchevski os acompanhariam. Johnny levaria Helena Krüger (a quem mais tarde assassinaria em Buenos Aires) disfarçada de esposa. Prestes viajaria com uma guarda-costas, Olga Benário, que se tornaria sua amante. Olga era uma comunista judia, fugitiva da Alemanha; era fluente em 4 idiomas, atiradora, piloto e sabia usar paraquedas; trabalhava no M4 e participara de missões na Inglaterra e na França.

 


Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados [10]

O monumento foi erguido por proposta do coronel Pedro Cordolino de Azevedo. Para a construção foi organizada uma comissão composta pelo então ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras, outros oficiais e o militar proponente. Em concurso a que concorreram 16 artistas, obteve o galardão o escultor brasileiro Antonino Pinto de Matos.

No primeiro plano do pedestal encontram-se altos-relevos em bronze, em quadros incrustados no granito, representando: a retirada do tenente Oliveira Melo, o ataque ao Forte de Coimbra, o combate do Alegre e a retomada de Corumbá.

Nos lados do pedestal encontram-se estátuas em bronze, em tamanho natural, do coronel Camisão, em atitude de preocupação, tendo numa das mãos a sua espada e na outra, uma folha de papel; o guia Lopes, sentado, pensativo, mão no queixo, segurando na outra mão um chicote; o tenente Antonio João, em posição de quem vai tombar, na luta, em desalinho, bainha sem espada, vendo-se ao lado um pedaço da mesma, quebrada no fragor da luta.

Um anel de bronze contorna em outro plano o pedestal, formando-se em alto-relevo as cenas mais dramáticas da Retirada: o transporte dos coléricos, vendo-se os soldados extenuados, carregando aos ombros, em padiolas, os doentes; o salvamento dos canhões, vendo-se as juntas de bois, cansados, puxando as carretas, com a ajuda dos soldados, seminus; a marcha forçada, estando à frente o comandante da coluna, tendo à mão esquerda um papel e o braço direito estendido em atitude resoluta, indicando aos soldados o caminho a seguir. Figuras alegóricas, de cerca de dois metros, em outro plano, simbolizam a Pátria, a Força e a História.

Sobre o pedestal de granito, em circunferência, eleva-se uma coluna de seis metros de altura, também em granito, tendo ao alto uma estátua em bronze, figura de mulher alada, representando a Glória. A altura total do monumento é de 15 metros, apresentando um dos conjuntos esculturais mais imponentes da cidade.

Completando a obra, uma cripta subterrânea, nove degraus abaixo do monumento, guarda as cinzas dos heróis de Laguna e Dourados.

O monumento foi inaugurado em 31 de dezembro de 1938, com a presença do então presidente Getúlio Vargas.

Estação do Bondinho do Pão de Açúcar [11]

Seu primeiro trecho, entre a Praia Vermelha e o Morro da Urca, foi inaugurado em 27 de outubro de 1912. Desde então, transportou cerca de 37 milhões de pessoas, mantendo uma média atual de 2 500 visitantes por dia. 

O desenvolvimento das técnicas de engenharia e a realização da Exposição Nacional Comemorativa do 1º. Centenário da Abertura dos Portos do Brasil em 1908, no bairro da Urca motivaram o engenheiro Augusto Ferreira Ramos a idealizar um sistema teleférico que facilitasse o acesso ao cume do monte.

Quando o bondinho foi construído, só existiam dois no mundo: o teleférico de Monte Ulia, na Espanha, construído em 1907 e o teleférico de Wetterhorm, na Suíça, construído em 1908.

Círculo Militar da Praia Vermelha [12]

Foi fundado em 08 de Março de 1957, por iniciativa dos alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). 

O local da sede do Clube abrigava, inicialmente, uma das mais famosas casas noturnas do Rio de Janeiro: a boate Casa Blanca. Posteriormente, as idílicas instalações foram o palco de inspiração de diversos artistas, sediando a Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro.

Assim, o Círculo Militar da Praia Vermelha se constitui em excelente opção de lazer, culinária e cultura para as famílias dos alunos da ECEME e do IME.

Escola Municipal Gabriela Mistral [13]

Foi criada pela resolução nº32  do D.O. de 30/09/1957, do Rio de Janeiro e inaugurada em 03/03/1058.

Destinada à instalação de um Jardim de Infância, num prédio adaptado, pois era anteriormente Balneário. Atualmente, atende 1 turma de creche maternal II (crianças de 3 anos) em horário integral; e turmas de Educação Infantil (crianças de 4 e 5 anos) em horário parcial.

Foi escolhida a chilena Gabriela Mistral, no ano após a sua morte, para dar o nome à escola, como homenagem para quem também foi professora e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.

Na inauguração estavam presentes o embaixador do Chile, Raul Peçan D’Ávila e o Secretário de educação e cultura, Gonzaga da Gama.

Pista Cláudio Coutinho [14]

Seu nome é uma homenagem ao ex-treinador da Seleção Brasileira de Futebol, Cláudio Coutinho, antigo formando da Escola de Educação Física do Exército.

Integra o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca, criado pelo Decreto Municipal nº 26.578 de 1º de junho de 2006.

Inaugurada pelo Exército Brasileiro no final da da década de 1980, tem a extensão de 1,25 km, com marcação de distância a cada 50 metros. Circunda o Morro da Urca, com acesso a partir da praia Vermelha. Através algumas trilhas a partir dela é possível ter acesso ao Morro do Pão de Açúcar.

Escola de Guerra Naval [15] 

Em 11 de junho de 1914, com a transferência da Escola Naval (formação de oficiais da Marinha) para Angra dos Reis, foi criada uma organização para o ensino naval de guerra, denominada Escola Naval de Guerra. A escola foi sediada na rua Dom Manoel, no Rio de Janeiro.

Posteriormente, foi denominada Escola de Guerra Naval e transferida para o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ). Subsequentemente foi sediada no prédio onde funcionava o antigo Ministério da Marinha. Finalmente, em 30 de abril de 1970 a EGN foi transferida para a Praia Vermelha. 

A EGN é uma instituição de altos estudos militares, que tem o propósito de contribuir para a capacitação dos oficiais para o desempenho de comissões operativas e de caráter administrativo; prepará-los para funções de estado-maior; e aperfeiçoá-los para o exercício de cargos de comando, chefia e direção de altos escalões da Marinha.

Instituto Militar de Engenharia (IME) [16]

Originalmente, em 1699, foi criado, por Carta Régia do rei do Portugal, um curso de formação de soldados técnicos no Brasil-Colônia, que, entre outros objetivos, capacitava homens na arte da construção de edificações, para promover a defesa da Colônia contra incursões estrangeiras.

Em 1774, a Aula de Artilharia — que ministrava, entre outras, disciplinas como Matemática, Geometria, Mecânica, Hidrodinâmica — foi acrescida da cadeira de Arquitetura Militar, passando à denominação de Aula Militar do Regimento de Artilharia, considerada por Pirassununga (O Ensino Militar do Brasil, pg. 27) como o "marco inicial da formação de Engenheiros Militares no Brasil", com a dupla finalidade de "preparar artilheiros e de formar oficiais para o exercício de Engenharia".

A história do IME remonta ao ano de 1792, quando, por ordem de Dona Maria I, Rainha de Portugal, foi instalada, na cidade do Rio de Janeiro, a Real Academia de Artilharia, Fortificação e DesenhoEssa foi a primeira escola de engenharia das Américas e terceira do mundo, sendo instalada na Casa do Trem de Artilharia, na Ponta do Calabouço, onde atualmente funciona o Museu Histórico Nacional.

Tinha por objetivo formar oficiais das Armas e Engenheiros para o Brasil-Colônia. Os cursos de Infantaria e de Cavalaria tinham a duração de três anos, o da Artilharia, cinco anos. O curso de Engenharia durava seis anos, sendo que no último ano eram lecionadas as cadeiras de Arquitetura Civil, Materiais de Construção, Caminhos e Calçadas, Hidráulica, Pontes, Canais, Diques e Comportas.

A Real Academia tornou-se a base para a implantação da Academia Real Militar, criada em 23 de abril de 1811, por ordem de D. João VI.

A Academia Real Militar (1811) mudou de nome quatro vezes: Imperial Academia Militar, em 1822; Academia Militar da Corte, em 1832; Escola Militar, em 1840; e Escola Central, a partir de 1858, ano em que se mudou para a Praia Vermelha. Ali se formavam não apenas Oficiais do Exército, mas, principalmente engenheiros, militares ou civis, pois a Escola Central era a nossa única escola de Engenharia existente no Brasil.

Em 1874, a Escola Central desligou-se das finalidades militares, indo para a jurisdição da antiga Secretaria do Império e passando a formar exclusivamente engenheiros civis. A formação de engenheiros militares, bem como a de oficiais em geral, passou a ser realizada na Escola Militar da Praia Vermelha (1874 a 1904). Nesse último ano, a Escola foi transferida para o Realengo, onde eram formados os oficiais de Engenharia e de Artilharia. Os oficiais de Infantaria e de Cavalaria eram preparados em Porto Alegre.

A Missão Militar Francesa, iniciada na década de 1920, inspirou a criação da Escola de Engenharia Militar. O Decreto nº 5632, de 31 de dezembro de 1928, estabeleceu sua missão no sentido de formar engenheiros, artilheiros, eletrotécnicos, químicos e de fortificação e construção. A Escola de Engenharia Militar começou a funcionar em 1930, ocupando as instalações da Rua Barão de Mesquita, no quartel posteriormente ocupado pelo Batalhão de Polícia do Exército.

Em 1933, mudou sua denominação para Escola Técnica do Exército

Em 1934, a Escola Técnica do Exército instalou-se na Rua Moncorvo Filho, no centro do Rio de Janeiro, e, em 1942, no atual prédio da Praia Vermelha.

Sob a influência norte-americana, em 1949, foi criada uma nova organização chamada Instituto Militar de Tecnologia. Iniciavam-se, então, programas de estudo, pesquisa e controle de materiais para a indústria. 

Antevendo as futuras necessidades do país no setor nuclear, a Escola Técnica do Exército iniciou, em 1958, um Curso de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear. Da fusão da Escola Técnica do Exército com o Instituto Militar de Tecnologia, em 1959, nasceu o atual Instituto Militar de Engenharia (IME).

O domínio das mais variadas tecnologias tornou-se fator determinante no desenvolvimento e soberania das nações. Por isso, as atividades de ensino e de pesquisa desenvolvidas pelo IME são estratégicas e vitais para um país vocacionado a ser uma potência mundial. Reconhecido como um centro de excelência no ensino da engenharia, o IME possui um indelegável compromisso de formar recursos humanos altamente qualificados para atender as necessidades nacionais.

 

O Instituto Militar de Engenharia (IME) se constitui em “Berço da Engenharia Brasileira, Centro de Excelência e Patrimônio Nacional".

 

Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) [17]

No século XIX, em 1808, vamos encontrar os primeiros sinais das atividades de Estado-Maior no Brasil, com o surgimento do Quartel-General da Corte, que orientava e coordenava as atividades das forças militares de D. João VI.

Quase 100 anos depois, o Decreto de 02 de outubro de 1905 criou a Escola de Estado-Maior. O Exército entra em uma nova fase, na qual passaram a ser ministrados regularmente aos oficiais, ensinamentos estratégicos, táticos e logísticos indispensáveis ao preparo e ao emprego da Força Terrestre, deixando para trás muitos dos pensamentos do século anterior.

Com o término da 1ª Guerra Mundial em 1918, o governo brasileiro foi buscar, na França, instrutores especializados em assuntos ligados à arte da guerra. Assim, com a missão militar aqui instalada, a atualização profissional chegou aos oficiais da Escola de Estado-Maior. Grandes méritos foram creditados à missão militar francesa, que muito se empenhou na divulgação de novos processos de combate, legando, inclusive, publicações sobre táticas das armas, serviços em campanha e chefia militar. A permanência da missão se estendeu até 1940.

A participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial gerou modificações profundas na doutrina, nos currículos e nos métodos de ensino e de trabalho, além do próprio ambiente da Escola de Estado-Maior. O retorno dos últimos três membros da missão militar francesa e os acordos militares com os norte-americanos concorreram, decisivamente, para que essas modificações acontecessem. Surgiu, a partir de 1940, uma nova etapa na trajetória da Escola, marcada pela sua instalação definitiva no prédio da Praia Vermelha.

 

Extrato da cronologia da ECEME

1905 - Criação da Escola de Estado-Maior (EEM), subordinada ao Estado-Maior do Exército (EME).

1906 - Início do funcionamento no antigo prédio do Ministério da Guerra, na ala voltada para a Central do Brasil.

1907 - Instalação provisória na extinta Escola Militar do Brasil, na Praia Vermelha.

1918 - Suspensão temporária das atividades escolares em decorrência da Primeira Guerra Mundial.

1920 - Reinício das atividades na ala norte do antigo Ministério da Guerra; início da orientação da Missão Militar Francesa.

1921 - Instalação no edifício ocupado pelo Primeiro Batalhão de Polícia do Exército, situado na Rua Barão de Mesquita.

1940 - Instalação definitiva no atual prédio da Praia Vermelha, coincidentemente com o término da Missão Militar Francesa.

1955 - Mudança de denominação para Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).

1977 - Início do curso de Estado-Maior com duração de dois anos.

1977 - Diplomação da primeira turma do Curso de Direção para Engenheiros Militares.

1986 - Criação do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx).

2015 – Reconhecimento do Mestrado Acadêmico do PPGCM pela CAPES;

2016 – Implementação do Ensino por competências e reestruturação da Escola para adequação a esse ensino; Reconhecimento do Doutorado Acadêmico do PPGCM pela CAPES; e

 

 

Na Escola de Comando e Estado-Maior (ECEME) são ministrados os Cursos de Altos Estudos Militares, que, comparativamente com os processos acadêmicos das universidades, podem ser considerados pós-graduação em Ciências Militares. São ministrados na ECEME os seguintes Cursos de Altos Estudos Militares:  

– Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM);

– Curso de Chefia e Estado-Maior para Oficiais Médicos (CCEM/Med);

– Curso de Comando e Estado-Maior para Oficias das Nações Amigas (CCEM/ONA); e

– Curso de Direção para Engenheiros Militares (CDEM).

Os Cursos de Altos Estudos Militares da ECEME tem a seguintes destinação: capacitar oficiais alunos (brasileiros e das nações amigas) para os cargos de estado-maior e para os de comandante, chefe ou diretor; conduzir a pesquisa escolar; planejar, executar e avaliar o ensino-aprendizagem, dando cumprimento aos currículos e Planos de Disciplinas que lhes são pertinentes; tratar da pesquisa e desenvolvimento da doutrina militar da Força Terrestre; assistir aos discentes e proporcionar a ligação destes com os demais cursos e divisões da Escola; e orientar e conduzir linhas de pesquisa que lhes sejam afetas, no âmbito do Programa de Pós-graduação da Escola.

Dentre os ex-alunos da ECEME, contabilizam-se dezenas de oficiais de Nações Amigas, como Argentina, Chile, Estados Unidos, Reino Unido, França e Coreia do Sul. 

Na Escola Militar da Praia Vermelha, instituição antecedente da ECEME, graduaram-se o Marechal Hermes da Fonseca, o Marechal Floriano Peixoto e o Marechal Eurico Gaspar Dutra (este em um pequeno período do ano de 1904). 

O Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, um dos comandantes mais notáveis da ECEME, foi presidente da República. Dentre os oficiais que percorreram as admiradas e respeitadas salas de aula da ECEME — antes de sua localização na Praia Vermelha — foram presidentes da República, o General Artur da Costa e Silva, o General Emilio Garrastazu Médici, o General Ernesto Geisel e o General João Figueiredo.

 

A Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) é uma das mais extraordinárias instituições de pós-graduação do Brasil. Destina-se a oficiais das Forças Armadas brasileiras, bem como a oficiais de Nações Amigas. Por via de consequência, é considerada um templo do saber militar e estratégico. 

 

Conclusão

Nesta compilação, de várias fontes, de informações sobre os principais espaços da Praia Vermelha e de suas adjacências, foi possível apresentar uma espécie de radiografia desse espaço reduzido da cidade do Rio de Janeiro, mas com grande significado geográfico, histórico e educacional. 

Duas dentre as consagradas escolas de pós-graduação militar e estratégica do Brasil (a ECEME, do Exército Brasileiro, e a EGN, da Marinha do Brasil), com projeção nacional e internacional, bem como uma das melhores escolas de Engenharia do País (o IME) localizam-se na Praia Vermelha.

Para aqueles que cruzaram os umbrais dos mencionados templos do saber e para todos os demais cidadãos que valorizam história e educação, a Praia Vermelha e respectivas adjacências são fonte de satisfação, reflexão e alento para as possibilidades de construção de um País com igualdade de oportunidade e justiça social, bem como de potencialização dos valores maiores da nacionalidade.

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GALERIA FOTOGRÁFICA

Praia Vermelha (vista do bondinho do Pão de Açúcar) – Entre Urca, Botafogo e Copacabana.

Edifício da Praia Vermelha (EPV).

Praça General Tibúrcio.

Marco de Pedra.

Monumento aos Mortos da Intentona Comunista.

Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados.

Estação do Bondinho do Pão de Açúcar.

Círculo Militar da Praia Vermelha.

Escola Municipal Gabriela Mistral.

Pista Cláudio Coutinho.

Escola de Guerra Naval.

Instituto Militar de Engenharia (IME).


Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).


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Fontes de consulta


[1] Conforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_da_Praia_Vermelha. Consulta em 29/08/2021.

[3] Conforme Decreto Nº 45.839, de 22/04/1959.

[4] Conforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Logradouro. Consulta em 22/08/2021.

[6] Conforme visita (e respectivas fotos) deste relator à Praça General Tibúrcio e a seus monumentos, em 26/12/2019.

[7] Id, Ib.

[8] Texto constante da placa contida no Monumento aos Mortos pela Intentona Comunista. 

[9] Conforme “Johnny – A spy’s life”, de R. S. Rose & Gordon D. Scott.  Penn State University Press, State College, 

       2010.

[10] Conforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_aos_Heróis_de_Laguna_e_Dourados. Consulta em 

          22/08/2021.

[11] Conforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Bondinho_do_Pão_de_Açúcar. Consulta em 22/08/2021. 

[13] Conforme http://edigabrielamistral.blogspot.com/p/uma-breve-historia-de-nossa-escola.html. Consulta em 

         27/08/2021.

[14] Conforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Pista_Cláudio_Coutinho. Consulta em 03/09/2021.

[15] Extrato do histórico da EGN, contido em https://www.marinha.mil.br/egn/historico.  Compilação em 02/09/2021.

[16] Extrato do histórico do IME, contido em http://www.ime.eb.mil.br/historia.html. Compilação em 23/10/2021.

[17] Extrato do histórico da ECEME, contido em http://www.eceme.eb.mil.br/historico-m-pt. Consulta em 02/09/2021. 


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