O ex-comunista Flávio Dino — presentemente, militando no PSB e ainda governador do rico, porém, desafortunado Maranhão —, apareceu na mídia, como profeta político, preconizando uma aliança ampla, tendendo para o centro, em torno do ex-presidiário de Curitiba, com o objetivo de vencer a eleição presidencial de 2022.
Ressalte-se, sem qualquer laivo de ironia, que virou mania (ou moda?) tratar políticos como ex-honesto, ex-‘tanta coisa’ e, agora, ex-comunista.
De qualquer sorte, conceda-se o benefício da dúvida ao novo ex-‘alguma coisa’ e declare-se que, como adePTo, ele tem razão. A oposição alargar a base de apoio é a garantia de aumento de facilidades na corrupção. Contudo, para desalento do profeta, é a certeza do estreitamento de votos na próxima eleição presidencial.
O golpe é, pois, inevitável. Novamente, os eleitores darão um basta no estado de distopia moral, social, econômica e política em que o País foi lançado pelo ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário. Será que alguém vai vestir a carapuça no caboclo, homologando sua identificação?
Um interlocutor com pose de cabra experiente nas coisas da política asseverou que, no presidencialismo de coalizão, “não é possível governar sem ter uma base que o sustente no legislativo” e que Bolsonaro só detém “em torno de 22% da população que o apoia”. Para o eminente analista, o espectro de apoio do presidente envolve “13% de extrema direita e 9% de evangélicos”.
Em 2018, as pesquisas de opinião, os intelectuais e demais formadores de inverdades mencionavam que o atual presidente tinha menos de 10% de possíveis apoiadores. Deu no que deu.
Será que ninguém consegue perceber que quanto mais batem, mais os cidadãos aderem ao presidente? Basta comparar as manifestações favoráveis ao governo em 7 de setembro com as subsequentes dos oposicionistas.
Bom, tem gente que acredita que o causador da maior crise moral e social do Brasil tem mais de 40% de preferência. Aí, em 2022, o pleito fica fácil!
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[Divulgado na Folha online de 1º./Out/2021]
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