sábado, 2 de outubro de 2021

Ou o governo acaba ou o presidente é reeleito

As manifestações de 2 de outubro, contrárias ao governo Bolsonaro, contaram com pequena manifestação popular, tanto em São Paulo quanto no restante do País — uma repetição do que ocorrera nas manifestações de 12 de setembro. 

Os dois eventos foram pífios quando comparados com as celebrações da Independência em 7 de setembro, com dezenas de milhões de brasileiros indo às ruas, vestidos de verde e amarelo, e declarando apoio ao presidente da República.

Outro aspecto a ressaltar é o desacerto, em 2 de outubro, entre as facções de esquerda, dado que o Ciro Gomes foi vaiado e quase agredido. Nesse diapasão, o dirigente nacional do PCO, Antonio Carlos foi vaiado, provocou atritos entre seus correligionários e os demais manifestantes. Por seu turno, Lula não compareceu, alegando que não queria dar conotação política — até parece que o ex-presidiário não trata de política em suas andanças, nas quais sempre enfrenta a possibilidade de ser escorraçado.

Já Fernando Haddad — que pretende candidatar-se ao governo de São Paulo — focou seu discurso em ataques contra a figura do presidente Bolsonaro. Anteriormente, Haddad fora derrotado quando tentou se reeleger no pleito municipal de São Paulo. Fora derrotado na eleição presidencial de 2018. É, portanto, razoável que construa sua trindade, conquistando mais uma derrota, agora no plano estadual.

 

O Haddad declarou que este governo tem que acabar antes da eleição. Ele tem total razão! É um sábio! Claro, a inferência cristalina de sua declaração é a imperiosa necessidade de afastar o mandatário que impede a corrupção, dado que se houver eleição, o presidente é reeleito. 

A percepção inquestionável: é isso que os cidadãos querem. É isso que as ruas indicam.

 

Um leitor ignorou o conteúdo de meu comentário e questionou o fato de que não utilizo o nome completo nas postagens na Folha de São Paulo; apenas as iniciais ao lado do último sobrenome. Repliquei com uma justificativa contundente.

 

Coloco o nome de família, uma vez que minha família me ensinou a prática da liberdade, verdade, coragem e ética. Ensinou-me também ser contrário ao autoritarismo e às ditaduras de quaisquer origens. Ensinou-me ser contra a corrupção e tudo que prejudica os seres humanos, especialmente, os mais necessitados. Ensinou-me a ser a favor da justiça e da punição severa (após condenação em 2a. instância) dos integrantes de organizações criminosas. Meus defeitos estão limitados por esses valores.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 2/Out/2021]

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