segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Hospitalização do presidente Bolsonaro

A propósito de sua hospitalização para tratar de sequela da facada com que foi ferido na campanha presidencial de 2018, vários analistas se manifestaram de forma indelicada e fora dos trâmites da razoabilidade.

Um deles — cujo nome deve ser ignorado para não lhe permitir a exposição que necessita — publicou artigo no qual afirma que o pronunciamento do presidente no dia 31 de dezembro, em cadeia nacional, estava eivado de mentiras, especialmente, os citados avanços na vacinação e a inexistência de corrupção no governo.

O articulista ilustrou sua declaração com a rejeição pelo governo de quase uma centena de milhões de vacina da Pfizer e a ironia e a dúvida acerca da inexistência de corrupção atualmente. 

 

Dá para imaginar o que essa turma vai sentir, falar e sonhar no final de outubro. É a síndrome da insatisfação, da tristeza, da perda, da raiva, da dor e dos sentimentos distópicos, seja lá o que isso signifique. 

Como sugerir um ambiente de alegria, esperança, otimismo? Transplante de ligações neuronais, chá de extrato de morfina? 

A solução tem que ser contundente para ser paralisante e anestesiante.

 

A propósito de mentiras há controvérsia. A Pfizer ofereceu vacinas que ainda não estavam prontas. Por outro lado, nenhum órgão governamental foi acusado de corrupção no atual governo, exceto no âmbito da CPI conduzida por quem teve a família presa pelo desvio de dezenas de milhões e por quem tem uma boa dezena de processos de corrupção. 

Com intelectual e outros formadores de opinião que mentem e acham que ninguém percebe, o resultado da eleição presidencial de outubro é previsível.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 3/Jan/2022]

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