Em uma sequência de tratativas, envolvendo mais intensamente os partidos Rede e PT, a ênfase é atribuída aos rumos a serem adotados nas eleições presidenciais de outubro de 2022. Marina e seu partido, a Rede, vivenciam a habitual hesitação: marchar com Ciro ou com Lula.
De outro lado, Alckmin está desembestando: não sabe se segue seu próprio rumo ou adere a Lula, a quem ele já fez uma das mais severas acusações de corrupção. Afinal, será que ele não se conforma com os limites de seu patrimônio e pretende ampliá-lo?
As chorumelas dos formadores de narrativas e dos perdidos na trajetória deixam de lado a realidade para aninharem-se na fantasia. Um choque de realidade desanuvia a tempestade.
Qualquer pesquisa séria aponta a verdade que os iníquos teimam em ignorar: 20% são petistas; a turma da Marina e do Alckmin acrescem uns 6%; os partidos que pregam violência agregam uns 2%. Então, constata-se que essa turma não ultrapassa 28%.
Abstenção, indecisão e nulidade equivalem a 32%. Sobram 40% que elegerão o próximo presidente.
Alguns vão esbravejar, chorar, xingar e surtar. Só não conseguem enxergar a realidade. E temem que esta brincadeira com os números — uma ficção para atiçar mentes em equilíbrio instável — possa configurar a realidade próxima.
Bom, esperemos outubro. Fazendo as contas dá uma gestação. Fé e esperança são imperiosas!
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 18/Jan/2022]
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