Um caboclo que se intitula servidor federal e doutor em Sociologia — e com base no relatório da CPI do Renan Calheiros (dezenas de acusações por corrupção) e Omar Aziz (cuja família foi presa em Manaus pelo desvio de vários de milhões de reais) e em estudos de colegas — asseverou que o presidente Bolsonaro foi o responsável pela morte de 95 mil pessoas por Covid.
É estranho esse número. Oposicionistas sórdidos já mencionaram que o presidente foi responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas.
O título do artigo tem origem nas mentes consentâneas com a ideia de que o presidente deveria ter sido eliminado na campanha de 2018 e, também, nas mentes que, com frequência, pregam que ele deve ser eliminado — e não são poucos. A justificativa é simples: não há outra forma de ganhar as eleições de 2022.
Falta coragem moral e ética para os integrantes desse universo asseverar que os recursos determinados pelo governo federal para combate ao coronavírus foras desviados para outras finalidades.
Fica muito claro porque — a despeito de todas as riquezas naturais, grande população e enorme território — infelizmente, o Brasil está na rabeira do mundo em alguns indicadores.
Amplifiquemos as causas dessa anomia inexplicável: há uma indigência de intelectuais, estadistas e cidadãos. Os primeiros para indicar os rumos, os subsequentes para empreender na direção indicada e os últimos para escolher os representantes.
Não importa o lado escolhido. A História ilumina e ilustra.
O servidor federal e doutor em Sociologia da morte está desafiado a demonstrar qual país do mundo não produtor de insumos de vacina aplicou mais vacina do que o Brasil e mesmo antes do Brasil.
Está desafiado também a demonstrar quantas vidas poderiam ter sido salvas com os recursos destinados pelo governo federal para os prefeitos e governadores empregarem no combate à pandemia, se enormes parcelas não tivessem desviadas para outras finalidades.
Vamos lá, coragem caboclo!
Um interlocutor levantou a necessidade de comprovar o que prefeitos e governadores malversaram. Estranha essa observação.
Não precisa comprovar nada. Está inequivocamente demonstrado. É só entrar nos respectivos órgãos de controle de estados e municípios. É só ler (tem gente que lê e não entende) o relatório da CPI relativa a emprego de recursos no Nordeste. Foi citada no artigo a outra CPI: a que foi conduzida por dois cabras: o que tem dezenas de processos por corrupção e o outro cuja família foi presa por desviar dezenas de milhões. Deu no que essa CPI? Em nada!
Já uma interlocutora declarou asco diante das verdades expressas nos comentários que formulei.
Dá para imaginar o que essa turma vai sentir, falar e sonhar no final de outubro. Vai ser pior. Será a síndrome do asco, da insatisfação, da tristeza, da perda, da raiva, da dor e dos sentimentos distópicos, seja lá o que isso signifique. Transplante de sinapses ou chá forte de morfina não cura, mas pode aliviar. Precisa ser contundente, para ser anestesiante.
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