terça-feira, 30 de agosto de 2022

Debate entre candidatos à presidência - II — Animal político e irracionalidade

A senadora Simone Tebet saiu incensada do debate eleitoral promovido pela Band no último final de semana — e não apenas ela, mas também a outra candidata sul-mato-grossense, a senadora Soraya Thronicke. 

Como habitualmente ocorre, as matérias jornalísticas constroem narrativas que podem ser verdadeiras ou falsas, dependendo dos interesses envolvidos. Não raro, as narrativas se apoiam na omissão de dados relevantes que alicerçam determinados posicionamentos de participantes do processo em questão. 

Nas análises do evento promovido pela Band, cada analista e órgão de mídia direcionou os textos para seus interesses, o que na maioria dos casos, significa oposição à possível reeleição do presidente Bolsonaro. Assim, destacar os candidatos nanicos convém ao exercício oposicionista requerido. Ressalte-se que o atributo nanico se refere à minguada preferência popular.

 

No debate da Band, a senhora Tebet declarou que não “tem medo do governo federal e dos respectivos ministros”. De fato, quem se associou aos ilibados Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues não tem medo de nada. Pode até sonhar, associando-se ao corrupto que preferir e, à luz de egrégio vitimismo, declarar que não tem medo de nada.

Removendo-se no túmulo, Aristóteles diria: “o homem é um animal político; contudo o ser ignóbil não é político, não tem medo e prefere o privilégio da irracionalidade da infâmia!”. 

Ave Puccini, “All’alba, viencerò, viencerò!” 

As ofensas e agressões, eu sei que virão. Elas resultam de opção pessoal e, sobretudo, de vocação ética e intelectual dos ímpios.

 

Em face de resposta de leitor que habitualmente posta observação ofensiva, relativa a meus comentários, tratei do assunto com a verve costumeira.

 

Urna eletrônica resulta da virtude do ser humano, porém é um objeto e, com tal, um ente inanimado. O que caracteriza a correção eleitoral com urna eletrônica é a opção e a vocação dos seres humanos que concebem, constroem e operam o processo.

A opção e a vocação humanas dependem da genética e dos impactos ambientais de cada um. Se a genética e o ambiente forem desfavoráveis, o processo eleitoral resultante é ruim e o ser humano pode demorar de compreender o que foi exposto; sendo que alguns chegam ao final da vida e jamais conseguem compreender. 

Restam-lhes continuar agredindo e ofendendo. Aguardem e confirmarão!

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[Divulgado no Estadão online de 30/Ago/2022]

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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Debate entre candidatos à presidência – I

Ontem, a TV Band e outros órgãos da imprensa apresentaram o primeiro debate entre os candidatos que concorrerão nas eleições presidenciais de outubro do corrente ano.

Algumas constatações merecem destaque. Elas são apresentadas a seguir.

Bolsonaro escolheu Lula para sua pergunta inicial e tratou do tema corrupção nos governos petistas passados. Lula não ofereceu respostas convincentes para as questões em tela.

Os candidatos nanicos — Ciro Gomes, Luiz Felipe d’Ávila, Simone Tebet e Soraya Thronicke — lançaram suas farpas, às vezes, até grosseiras ou eivadas de falsidade, contra o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula, que são os dois primeiros colocados nas pesquisas de opinião.

Pelo menos três jornalistas que fizeram militância contra o governo Bolsonaro nesses três anos (Vera Magalhães, Mônica Bergamo e Thaís Oyama) fizeram perguntas que correspondiam a questionamento de oposição e não de inquiridores isentos, conforme esperado.

Em especial, a jornalista Vera Magalhães escolheu o candidato Ciro Gomes para sua indagação, com comentário correlato do presidente Bolsonaro. Ocorre que a pergunta continha uma sequência de ataques ao governo Bolsonaro. Ao comentar o assunto, Bolsonaro foi contundente e declarou que a jornalista envergonhava sua classe. Vale comentar que os bolsonaristas concordaram plenamente com o teor da resposta. Já os opositores mencionaram que o presidente errou em reagir à provocação.

O tema voltado para a mulher teve alguma predominância na segunda metade do debate, porém não há grande influência no prosseguimento da campanha porque as duas candidatas, ambas sul-mato-grossenses, até agora, estão fora das possibilidades de concorrência nesse pleito, uma vez que a polarização entre Bolsonaro e Lula é prevalente.

O presidente Bolsonaro foi bem no debate, a despeito de os opositores acharem que ele foi mal. O ex-presidiário Lula sofreu impacto das acusações de corrupção, um tema em que ele é poupado no dia a dia de sua campanha presidencial. Os demais tentaram atingir o objetivo de se tornarem conhecidos em âmbito nacional e é provável que atingiram êxito ao menos parcial.

 

A propósito, como a corrupção foi destacada por alguns candidatos — seja no sentido de responsabilização de oponente, seja como defesa da acusação — convém estabelecer as semelhanças entre corrupto e psicopata: 

(i)      desinibição: ambos não têm percepção das consequências de suas ações — eles não se importam com os efeitos danosos do roubo de recursos públicos; 

(ii)   intrepidez: ambos possuem uma autoconfiança exagerada e enorme habilidade de manipulação e convencimento de outras pessoas — eles propalam sua inocência mesmo diante da condenação em várias instâncias; 

(iii) insensibilidade: ambos evidenciam deficiência na capacidade de sentir emoções e sentimentos reais por outros indivíduos — isto é, eles ignoram os prejuízos da corrupção para crianças e idosos.

Inferência óbvia: não adianta solicitar plano de governo para político inequivocamente corrupto. Ademais, seus admiradores e apoiadores já foram manipulados e convencidos por sua insuperável intrepidez e, por isso, eles não precisam de plano de governo.

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[Divulgado no Facebook da Folha de São Paulo em 29/Ago/2022]

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[Divulgado no Estadão online de 29/Ago/2022]

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domingo, 28 de agosto de 2022

Suprema Corte maculada

O notável jornalista J. R. Guzzo publicou no Estadão o artigo “STF quer se livrar do presidente usando a força do Estado para violar a lei”. A matéria é enfatizada com o seguinte subtítulo: “Brasil tem no lugar do STF uma polícia de ditadura que se comporta como se as leis do País não existissem”.

Essas assertivas são autossuficientes para a percepção da essência que o Sr. Guzzo pretende transmitir.

 

Em realidade, o que o articulista expõe está plenamente adequado à qualificação de ministros do STF. Afinal, essa egrégia Corte é integrada por magistrados que já se envolveram em alguma das seguintes situações: 

  prestação de serviços advocatícios para organização criminosa; 

  prestação de serviços advocatícios para condenado por assassinatos em país democrático; 

  posse de negócios empresariais incompatíveis com o cargo; 

  difamação de instituições e autoridades brasileiras no exterior; 

  militância em campanha política de partido responsável pela maior corrupção da história; e 

  conspurcação da Carta Magna com decisões espúrias e inconstitucionais. 

Não existe em país democrático Suprema Corte tão vilipendiada.

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[Divulgado no Estadão online de 28/Ago/2022]

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segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Auditabilidade de urna eletrônica

Na campanha que o Estadão tem empreendido contra o governo Bolsonaro, inclui-se um levantamento realizado pelo que é chamado de Estadão Verifica, no qual há a tentativa de demonstrar que nunca houve fraude nas eleições brasileiras com urnas eletrônicas. 

A afirmação deve ser submetida aos instrumentos resultantes do bom senso, da lógica e da razão. Nunca foi demonstrado por um processo auditável que não houve fraude. 

Ora, se não há fraude por que não se admite a adoção do voto impresso que pode demonstrar de forma cabal que de fato não há fraude?

Por que foi impedida a adoção de um procedimento aprovado no Parlamento pela Lei nº 10.408/2002? 

 

Há centenas de estudos que comprovam a eficácia das urnas eletrônicas, cujo processo só é utilizado no Brasil, Butão e Bangladesh, no âmbito de mais de 40 países que utilizam sistema eletrônico. Tudo bem! Só é proibido agregar a impressão do voto de tal sorte a se ter a comprovação documental utilizada na maioria dos países. Só é permitido satisfazer o que preconizam os opositores do atual governo, especialmente, os maiores corruptos da história e os magistrados que estão conspurcando a Carta Magna. A lógica do Estadão Verifica é aristotélica. All’Alba! Vincerò, Vincerò!

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[Divulgado no Estadão online de 22/Ago/2022]

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domingo, 21 de agosto de 2022

Mourão e Tarcísio — promessas para a conjuntura política

A eleição para o Senado Federal no Rio Grande do Sul é emblemática porque tem como candidato o General Mourão, vice-presidente da República que, tendo servido naquele estado, adquiriu sólido conhecimento das realidades locais.

A importância dessa eleição se comprova pela atitude dos candidatos oponentes, que na falta de argumentos convincentes, declaram que Mourão é um forasteiro por ter, como militar, servido muito tempo no Rio de Janeiro. Essa declaração é pífia, uma vez que Mourão nasceu em Porto Alegre; e no período mais importante de sua vida militar, foi Comandante Militar do Sul, e teve contato com os problemas e com as lideranças das principais cidades do estado.

A vivência do candidato ao Senado com os problemas brasileiros em geral e com os gaúchos em particular, associada com a interação bem-sucedida com todos os setores da nacionalidade, na condição de integrante do Alto Comando do Exército e como vice-presidente da República, configura a qualificação necessária e suficiente para seu ingresso na mais alta Casa do Parlamento.

Vale lembrar que a mesma acusação de forasteiro é feita para o engenheiro Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura, e candidato a governador de São Paulo. No caso paulista, em uma das várias entrevistas que Tarcísio concedeu em seu périplo de pré-candidato demonstra seu robusto conhecimento da realidade paulista e rico rol de propostas para enfrentar os desafios de governar o mais relevante estado da Federação. Afora o fato de que o desempenho do engenheiro Tarcísio o conduziu ao panteão dos melhores ministros do período republicano.

Em síntese, Mourão e Tarcísio são extraordinárias promessas para o cenário político que se avizinha.

 

Os gaúchos que se tornaram presidentes do Brasil eram forasteiros no restante do País? Uma verdade: esses gaúchos contribuíram para a história brasileira e somos um dos grandes países do mundo. Os gaúchos são trabalhadores, decentes e honestos e construíram um dos estados mais avançados da nacionalidade. Eles utilizarão sabedoria em outubro e elegerão Mourão senador da República para dar ao Senado Federal a grandeza gaúcha que está faltando naquela Casa do Parlamento.

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[Divulgado no Estadão online de 21/Ago/2022]

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sábado, 20 de agosto de 2022

Desempenho do governo Bolsonaro

O portal Quora — uma espécie de Facebook nanico, dado que voltado para um público reduzido, do universo de empresários — apresentou a seguinte indagação: “Jair Bolsonaro deveria pedir para sair? O que te fez chegar essas conclusões?”

Complementando a resposta de um interlocutor — que argumentou de forma realista e equilibrada sobre o bom desempenho do presidente —, postei um comentário com três razões pelas quais, o presidente deve prosseguir em sua saga, para deixar uma herança razoável para as futuras gerações.

 

Ele vai continuar e vai ser reeleito. Há três razões primaciais:

1) As pessoas da camada de baixa renda foram atendidas com o Auxílio Emergencial e com um grande aumento com o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família;

2) A economia brasileira está entre as melhores do mundo nessa conjuntura complexa da crise da pandemia e do conflito russo-ucraniano; e 

3) Não há nenhum caso de corrupção levado à Justiça, confirmado e com a respectiva condenação dos responsáveis.

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[Divulgado no portal Quota em 20/Ago/2022]

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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - XXXI

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[Clique sobre o título]

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Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - XXXIII

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Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - XXI

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Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 – XIX

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 – XVIII

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - XVII

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - XVI

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - XV

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 – XIV

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 – XIII

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 –  XII

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 –   XI

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022  –   X

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 –   IX

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - VIII

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 -  VII

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 -   VI

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 -    V

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 -  IV

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 - III

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 -   II

Pesquisa para o pleito presidencial de 2022 -    I

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Mais uma pesquisa de opinião do instituto Datafolha indica que o ex-presidente Lula é o candidato favorito nas intenções de voto para a eleição presidencial de outubro do corrente ano.

É primacial relembrar que, nos governos petistas, o grupo Folha de São Paulo foi beneficiado por recursos públicos da ordem de grandeza que ultrapassa meio bilhão de reais. No governo Bolsonaro, os recursos alocados para a mídia escassearam, sendo que no caso do grupo Folha o montante é menor do que 10 milhões de reais. Mudando-se o que tem que ser mudado, o mesmo poder-se-ia dizer em relação ao Estadão, ao Globo e a outras empresas de mídia.

Dessa forma, fica inequivocamente explicada a razão pela qual as organizações mencionadas exercem acerba oposição ao governo Bolsonaro, seja por intermédio de noticiário, artigos assinados e notadamente, por pesquisas de opinião dissociadas da realidade observada no dia a dia, em que o presidente Bolsonaro é recebido, aplaudido e venerado por multidões; enquanto o ex-corrupto e ex-presidiário não pode sair às ruas, ir a restaurante e caminhar em shopping ou aeroporto, sob pena de ser vaiado, xingado e escorraçado.

 

Dois indicadores relevantes. De acordo com as pesquisas de opinião, Trump, Macron e Bolsonaro jamais teriam sido eleitos presidente dos EUA, França e Brasil, respectivamente. 

Atualmente, no Brasil, 95% dos presidiários, traficantes, pedófilos, corruptos e seus apoiadores votam em um determinado candidato que faz parte desse universo. 

Então, a mais recente pesquisa de opinião do Datafolha sobre as eleições de outubro está rigorosamente coerente — ao apontar como vencedor aquele cuja chance de ser eleito é improvável — e indica que os brasileiros trabalhadores, decentes e honestos jamais elegerão o responsável pela maior crise moral, social e política da história. 

Aguardemos pois as eleições de 2026 e 2030. Enquanto isso, ofensas e agressões virão.

 

Um leitor do Globo referiu-se a meu comentário de forma depreciativa. Já um leitor da Folha de São Paulo contestou a citação de pesquisas na França e nos Estados Unidos. De forma cuidadosa, mas contundente, respondi a ambos.

 

É recomendável que se leia a evolução das pesquisas eleitorais, nos Estados Unidos e na França, durante os 8 meses que antecederam as eleições de Trump e Macron. Uma sugestão é dar uma olhada no New York Times e no Le Monde, no período sugerido.

Liberdade, verdade, coragem e ética amparam argumentos, bom senso, lógica e razão. Ofensas e agressões amparam violência, mentira e falsidade.

Aristóteles diria: "o homem é um animal político; exceto os estúpidos que são animais irracionais". 

Parodiando Puccini na ária 'Nessum Dorma', da ópera 'Turandot': "venceremos, venceremos!"

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[Divulgado no Estadão online de 18/Ago/2022]

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[Divulgado no Facebook da Folha de São Paulo em 18/Ago/2022]

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[Divulgado no Facebook do Globo em 18/Ago/2022]
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[Divulgado no Correio Braziliense online de 18/Ago/2022]

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Problemas brasileiros cruciais

Diante da análise cuidadosa da atual conjuntura, formulada por um fraterno companheiro, com ênfase para as notícias eivadas de falsidade ou ...