No sábado, dia 7 de maio, foi lançada a pré-candidatura da chapa composta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-governador Geraldo Alckmin.
Em seu discurso, Alckmin declarou que a parceria com Lula é “um chamado à razão” e convocou as demais forças políticas a marcharem com o projeto da dupla de antigos adversários.
Dessa forma, Alckmin se juntou ao PT e aos demais partidos que representam a desacreditada vertente ideológica brasileira — PSB, PSOL, PC do B, Rede, PV e Solidariedade.
O chamado à ‘razão’ é inquestionável: ambos são favoráveis à corrupção, à restrição aos preceitos de liberdade e verdade, à interação com ditaduras hediondas, à compra de triplex e sítio, à impunidade generalizada, à liberdade dos integrantes de organizações criminosas, à investidura de ministros que foram patronos de meliantes contumazes e à devolução aos larápios dos recursos que a Justiça recuperou. Convenhamos, como explicar isso para os jovens que assumirão os destinos do Brasil?
Um interlocutor rebateu meu argumento sob a alegação de que era preciso levantar a corrupção do atual governo e também que era preciso enxergar, pois só há trabalho em favor de militares, evangélicos e integrantes do agronegócio. Claro, diante de argumentos insubsistentes fica fácil contra-argumentar.
Dirijo-me a quem preza a liberdade, a verdade e a ética! Até agora, o governo atual não tem três ex-tesoureiros condenados, ex-presidente da Câmara condenado, ex-ministro condenado, ex-presidente da República condenado, ex-presidente da Petrobras condenado. Até agora, não tem Mensalão nem Petrolão. Até agora, não tem 290 milhões do Barusco recuperados, 6 bilhões de empreiteiras recuperados. Até agora, não tem triplex nem sítio com a compra anulada. Até agora, não tem recursos do BNDES emprestados para ditaduras hediondas, que não são pagos (aliás, são pagos pelo povo). Isso dói, machuca!
A verdade? Então vamos lá. Será que os 60 milhões que receberam o Auxílio Brasil são militares, evangélicos e agro? Será que os 20 milhões que tiveram aumento de 190,00 para 400,00 no Bolsa Família também são? Será que os 900 mil ciganos que estão sendo beneficiados também são? Será que todos os índios maiores de 18 anos que foram vacinados também são? Será que os quilombolas agora não mais esquecidos também são? Será que os milhões que estão sendo beneficiados pelas ferrovias também são? Tem gente que enxerga mas não pensa, pois contraiu doença infecto-ideológica.
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[Divulgado no Estadão online de 7/Mai/2022]
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