Com as ressalvas do exagero e da fundamentação em números do instituto de pesquisa Datafolha, a afirmação de um articulista indicando que “Jair Bolsonaro perdeu quatro de cada dez eleitores que votaram nele no primeiro turno de 2018”, deve ser encarada com atenção.
Pelo padrão de pesquisas que amparam a asserção, o presidente seria o Haddad. Ignorando-se a ausência de confiabilidade dos institutos de pesquisa, por via de consequência pode-se considerar uma proposição de cenário que tem sido negligenciada e que poderá ser determinante na eleição de outubro de 2022 — por óbvio, não se pode omitir que, dentre os cenários previsíveis, pode ser que nenhum deles se torne integralmente realidade.
Eis o que deve ser objeto de reflexão: a metade da classe média e alta não bolsonarista que votou no Bolsonaro e se decepcionou deverá ser compensada pela metade mais pobre (ênfase para a população nordestina) que não votou no JB em 2018 e que agora vai aderir a ele (por causa de obras como água e ferrovias; e por outros aspectos como seriedade, corrupção zero, auxílio emergencial e a insuperável falsidade de intelectuais e formadores de narrativa).
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 5/Fev/2022]
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