No artigo “Deputados usam plenário da Câmara para disseminar informações falsas sobre a pandemia”, a Folha de São Paulo noticiou que em 2021, “o plenário da Câmara dos Deputados foi palco de ao menos 45 discursos que disseminaram informações anticientíficas sobre a pandemia”.
Nesse sentido, 13 parlamentares teriam utilizado o espaço para incentivar o uso do chamado ‘tratamento precoce’, que o autor da matéria, irresponsavelmente, considera sem efeito contra a Covid-19.
O artigo é de uma desfaçatez sem precedentes. Mais de 70% dos medicamentos receitados pelos médicos, no mundo todo, não têm comprovação total de sua efetividade. Ademais, basta ler a receita de qualquer remédio para constatar as possibilidades de efeitos colaterais nocivos.
Então, por que os médicos os receitam? Pela experiência na prática médica e pelas evidências acumuladas ao longo do tempo. Essa lógica prevalece no caso da ivermectina, também condenada no artigo.
Comprovação científica? Não é a Ciência estúpido, é a evidência! Ciência existe pela inexistência de conhecimento, pela incerteza, pela dúvida e pela controvérsia.
A Ciência deve ser utilizada? Sim, porém não por aqueles que se alicerçam em interesses escusos, nem por outros canalhas, notadamente, os políticos e os donos da verdade por razão ideológica — esses que se mostraram tão efetivos no processo da pandemia do coronavirus.
Ademais, se não fosse o tratamento precoce, a uma grande quantidade de cancerosos, de doentes cardíacos e de vários outros pacientes acometidos por moléstias graves, faleceriam. Se descobrem a doença de forma precoce e, se iniciam o tratamento imediata e precocemente, uma grande parcela dos doentes de câncer, tem grande possibilidade de cura. Só a estupidez não tem cura com tratamento precoce, nem com tardio; até porque pela origem genética ela é precoce demais; o cabra nasce com ela e, como é incurável, ela lhe gruda e o acompanha até a morte.
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 1º./Fev/2022]
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