Os embates políticos da atual conjuntura, baseada na comunicação muito influenciada pelas redes sociais, têm levado formadores de opinião e cidadãos comuns a atribuir aos oponentes a pecha de autoritário e, em casos extremos, de nazista ou fascista.
Há dois casos recentes que ilustram esses tempos complexos. O primeiro foi o gesto de um cidadão que ao ajeitar a lapela do terno em uma audiência na Câmara dos Deputados foi fotografado e a sua atitude foi considerada um caso típico de apologia ao nazismo. O outro refere-se ao jornalista da TV Jovem Pan que, ao se despedir dos telespectadores, levantou a mão aberta apontada para cima, dando ‘tchau’, o que levou a sua demissão e à condenação por ter feito gesto supostamente nazista.
De fato — e concordando com a tendência majoritária —, a sociedade tem que "ser intolerante com os nazistas" porque eles dizimaram cerca de 6 milhões de seres humanos. Ademais, foram derrotados com a ajuda de brasileiros, sendo que 460 heróis nossos se sacrificaram no campo de batalha na Itália para vencê-los.
Similarmente, a sociedade tem que "ser intolerante com os comunistas", que assassinaram 100 milhões de seres humanos no mundo; e foram rechaçados duas vezes no Brasil, com o sacrifício de 120 heróis que perderam a vida na luta contra os próprios conterrâneos que queriam implantar aqui esse regime assassino e hediondo.
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[Divulgado no Estadão de 11/Fev/2022]
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