Os debates e as tratativas sobre os candidatos à eleição presidencial de outubro de 2022 tendem a se tornar intensos, polêmicos e até dramáticos.
A tendência predominante é a polarização entre o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula. A partir da soltura deste pela Suprema Corte, o que formadores de opinião têm chamado de ‘terceira via’ deixou de ser uma possibilidade de escolha para os eleitores.
Isso é lamentável, sobretudo pela ausência de qualificação do cidadão que, não raro, é referido por um ou alguns dentre os seguintes atributos: ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário.
O que podemos inferir dos ensinamentos transmitidos por Platão sobre Sócrates?
Estamos em uma democracia. Em democracia prevalece a decência, a verdade e a ética. Em democracia, ex-corrupto e ex-presidiário não pode governar e não vai governar. E não vai governar por três razões:
– no Brasil, está em vigor a democracia;
– em democracia, ex-corrupto e ex-presidiário não ganha eleição; e
– em democracia, a maioria dos cidadãos não aceita ser governada por ex-corrupto e ex-presidiário.
Quem leu e se apegou aos ensinamentos de Thomas Hobbes, é adepto do socialismo (seja socialismo real ou nacional-socialismo) e prefere ex-corrupto e ex-presidiário.
Quem leu e se apegou aos ensinamentos de John Locke defende a vida, a liberdade e a propriedade privada; constitui a maioria dos cidadãos; e não admite o socialismo nem o respectivo governo de ex-corrupto e ex-presidiário.
Ademais, a verdade repetida incontáveis vezes neutraliza as falsidades dos adeptos de ex-corrupto e ex-presidiário. Sem ofensas e agressões, apenas argumentos.
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[Divulgado no Estadão online de 23/Fev/2022]
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[Postado na Folha de São Paulo online de 22/Fev/2022. O primeiro comentário foi censurado e excluído, alguns minutos após a postagem. Uma nova tentativa foi feita e, similarmente, houve a censura e exclusão]
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