Como habitualmente tem feito, a senhora Eliane Catanhêde usa sua verve, às vezes venenosa, para avaliar a atual conjuntura política com vistas às possibilidades do pleito presidencial de outubro de 2022.
Já no título de seu artigo no Estadão desta sexta-feira, ela questiona: “A nova guerra entre esquerda e bolsonaristas: quem ameaça mais a democracia?”.
Ela insere os militares no contexto, declarando que eles garantem que “não participarão de nenhuma ‘aventura golpista’ a favor de Bolsonaro ou de ninguém.” Mas adverte que os militares das “três forças trabalham com variados cenários e o mais drástico é a convulsão nacional”, por exemplo com a produção por petistas, de “tumultos de rua, quebra-quebra e ameaças à democracia em caso de derrota.”
Ela aduz o posicionamento das ínfimas egrégias Cortes maiores e da esconjurada Câmara alta (ambas necessitadas de imprescindível exorcismo para atingirem a posição de suas congêneres nos países democráticos desenvolvidos), ou seja, “não é à toa que, após quase 40 anos da redemocratização, os presidentes do Supremo, do TSE e do Senado se sentem obrigados a defender a democracia e as instituições.”
Em outra afirmação polêmica, ela afirma que “na realidade, foi Bolsonaro quem desde o início do seu governo armou civis ...”
De qualquer sorte, parece que essa inefável senhora chegou de outro planeta e desconhece fatos registrados na história política de nosso País.
É lícito inferir que de acordo com peões da mídia, os adeptos do atual governo ameaçam a democracia pelas seguintes razões:
– nomeação de ministros técnicos altamente classificados;
– redução da corrupção a zero;
– conclusão de obras que começaram a décadas — especialmente água para o Nordeste — e iniciando novas;
– alteração da matriz de transporte, agregando em ritmo rápido as imprescindíveis ferrovias;
– obtenção de resultados na economia em contrariedade às previsões dos formadores de narrativas;
– obtenção de lucros nas estatais que antes só davam prejuízo;
– concessão de Auxílio Emergencial para mais de 60 milhões de brasileiros, em face das consequências da pandemia do coronavírus;
– ampliação da concessão do Bolsa Família (cujo valor era R$ 195,00) para o novo Auxílio Brasil (cujo valor passou a ser R$ 400,00);
– eliminação da concessão de empréstimos para ditaduras hediondas, às quais como regra geral não estão cumprindo os compromissos e estão causando prejuízos para a sociedade brasileira;
– eliminação da concessão de financiamento para artistas consagrados e famosos, e concessão dos recursos para artistas populares desconhecidos;
– eliminação de concessão de empréstimos milionários e bilionários para empresas de comunicação social em troca de apoio para o governo;
– identificação dos mentirosos e dos canalhas, de forma cristalina; e
– conquista do terceiro lugar dentre os países com grandes extensão territorial e população que mais vacinaram contra o coronavírus.
Essas são as razões pelas quais os adePTos surtam e agridem.
Sobre a hipótese de um cidadão destituído de qualificação e de ilibada conduta candidatar-se e ser eleito presidente de um dos maiores países do mundo, os sábios se contorceriam em seus túmulos e manifestariam indignação.
Sócrates: "Agora, só sei que a indigência prevalece!"
Platão e Aristóteles: "Mestre! O senhor não fomentou nossa faculdade de pensar!"
Sun Tsu e Maquiavel: "Os fundamentos da política — essa nossa herança complexa — está sendo despejada no despenhadeiro!"
Hobbes e Locke: "Divergimo-nos para lançar as bases do autoritarismo e do liberalismo, para nada!"
Kant: "A autonomia intelectual requerida e desejada está sendo conspurcada e maculada!”
Dante, Jung e Freud: "Precisamos reinventar o inferno fictício e o inferno da mente das pessoas!”
Rio Branco: "Convenci os vizinhos sobre a grandiosidade do Brasil e os cabras estão apequenando-o!"
Caxias: "Contribuí para evitar a divisão do País e os caboclos estão fracionando corações e mentes dos cidadãos!"
Rui Barbosa: "Pior que a ditadura da toga, somente a ditadura da corrupção e da ignorância!"
É curioso: sábios adePTos há que, em face da visão de seus congêneres, poderão surtar e agredir.
A verdade precisa ser preservada; é uma condição para a conquista e manutenção da liberdade.
Stalin, Hitler, Mao, Fidel Castro e Hugo Chaves, entre outros, desarmaram suas populações para escravizá-las e para, facilmente, assassinar muitos.
De acordo com a preferência de mais de 60% dos brasileiros, manifestada em consulta pública oficial [*], o atual governo adotou medidas para que adePTos não prosseguissem na tentativa de desarmar os cidadãos, mantendo as organizações criminosas armadas.
A verdade machuca, dói e maltrata o coração e mente daqueles cuja vocação é opor-se à decência e boa fé.
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[*] O referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005, não aprovou o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento(Lei 10.826 de 22 de dezembro de 2003) — 59.109.265 de brasileiros votaram contra a proibição da comercialização de armas de fogo e 33.333.045 votaram a favor.
Como uma alternativa aos dois mais proeminentes pré-candidatos dificilmente se viabilizará, sobram apenas essas duas possibilidades: a reeleição do Sr. Jair Bolsonaro ou a volta do Sr. Luís Lula da Silva — evito o paradigma idiossincrático de denominá-lo ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário, o que realmente o identifica de forma plena, precisa e insuperável.
Enfim, voltar ao passado no pleito de outubro de 2022 configura um retrocesso desastroso na história do Brasil, com prejuízos para a herança que as futuras gerações receberão.
Nesse sentido, a reeleição do Sr. Bolsonaro mantém a perspectiva de neutralização de riscos aos possíveis avanços que poderão advir a partir de janeiro de 2027 e janeiro de 2031, respectivamente.
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[Divulgado no Estadão online de 4/Fev/2022]
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