O cientista político Hamilton Garcia de Lima publicou na Folha de São Paulo uma avaliação das tratativas para a formação de uma frente ampla de Lula para enfrentar o possível candidato Bolsonaro na eleição presidencial de outubro do corrente ano. O articulista apontou “o fracasso da esquerda em alçar voo sobre o pântano em que se transformou o sistema partidário-parlamentar brasileiro”.
O leitor João Braga postou um comentário realista sobre o significado da possível eleição do Lula, enfatizando a volta dos amigos Dirceu, Palloci, Gedel, Genuíno, Erenice, Fernando Pimentel e outros personagens protagonistas do lamaçal de corrupção dos governos petistas no período de 2003 a 2015.
Como que solidarizando-me com o arguto leitor, apontei os riscos que a vitória de Bolsonaro representa para o lado sórdido da nacionalidade.
Cristalino! A reeleição do Bolsonaro constitui um terrível risco para praticantes de censura, presidiários, corruptos, traficantes, pedófilos, assaltantes, formadores de opinião adeptos da corrupção e magistrados que descumprem a Constituição.
É por essa razão que pesquisa de opinião nesse universo aponta a preferência de 95% para o opositor do presidente, com margem de erro de 5%. Ou seja, se depender dessa turma não é preciso eleição presidencial. Basta investir o meliante no cargo.
Um adePTo da bandidagem reagiu a meu comentário tentando caracterizar os aspectos negativos do atual governo, com ênfase para supostas mazelas da família Bolsonaro.
Aceitei o desafio de oferecer dados para comparação, independentemente, de falsidade ou veracidade das assertivas do defensor do ex-presidiário.
Tudo bem! Vamos comparar:
– Barusco devolveu 290 milhões amealhados em corrupção;
– empreiteiras foram obrigadas a devolver vários bilhões, similarmente, obtidos de forma não republicana;
– o triplex e o sítio que empreiteiras financiaram irregularmente para o ex-presidente foram devolvidos.
Em face de corrupção:
– o presidente e tesoureiros do Partido dos Trabalhadores foram encarcerados;
– o presidente da Câmara e o líder do governo, ambos petistas, foram trancafiados;
– o presidente da Câmara, correligionário do PT, foi preso;
– o parlamentar, então ministro do governo petista, foi pego com 50 milhões guardados em apartamento na Bahia;
– a presidente da República, petista, foi afastada por ‘impeachment’;
– o ex-presidente petista foi encarcerado.
A tristeza e a dor são suportáveis? Precisa mais?
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 12/Mar/2022]
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