sábado, 5 de março de 2022

Sistemas eleitorais com urnas eletrônicas


O ex-secretário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, considerado o ‘pai da urna eletrônica’, declarou que ‘hackers’ jamais conseguirão acessá-la. É desconcertante, para não dizer ridículo, alguém com a responsabilidade desse cidadão fazer uma afirmação dessa.

 

Os sistemas computacionais dos maiores bancos do mundo e dos serviços de inteligência dos países mais desenvolvidos são susceptíveis de acesso por meliantes. Somente os sistemas eleitorais das urnas eletrônicas brasileiras são inacessíveis. Tamanha idiotice só é propalada e aceita por egrégios malfeitores. Como encarar tal estupidez?

 

Quem tem um mínimo de conhecimento do tema, sabe que não é a urna eletrônica apenas. A questão é todo o processo de votação, transmissão e contabilização de dados. Há várias possibilidades de fraudes. É por essa razão que dentre mais de 40 países que usam urna eletrônica, apenas Brasil, Butão e Bangladesh (por causa de cidadãos bestalhões e de má fé) utilizam o sistema sem voto auditável. Diria um velho e sábio professor: “até um símio, se bem treinado, é capaz de observar, entender e inferir”.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 5/Mar/2022] 

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