Em ‘live’ com a participação da ex-presidente Dilma Roussef e de estudantes alemães e brasileiros residentes na Alemanha, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), referiu-se de forma inadequada e desrespeitosa às Forças Armadas.
Em consequência, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, expediu contundente nota contra a fala desastrada do ministro. Nesse sentido, a afirmação do ministro Barroso de que existe orientação para que as Forças Armadas façam ataques ao sistema eleitoral brasileiro foi chamada de "irresponsável" e "ofensa grave".
Para que dúvidas não haja, abro parênteses para considerar que, em suas desastradas declarações, o deputado Daniel Silveira pode ter cometido dois crimes: falta de decoro, que deveria ser julgado pela Câmara dos Deputados; e de calúnia ou similar, contra ministros da Suprema Corte, cuja acusação deveria ser feita perante a Justiça, possivelmente, com processo a ser proposto ao Ministério Público — nos dois casos, conforme determina a Carta Magna e demais estatutos em vigor. O ministro ofendido jamais poderia acusar, julgar e condenar quem quer que seja.
Ironias a parte, agora só faltam os ínclitos, irreprocháveis e ilibados ministro Aires Brito e jurista Miguel Reale se manifestarem (como já o fizeram no inquestionável e irrepreensível indulto do deputado Daniel Silveira) sobre o insuperável, irreprochável e ilibado ministro que, utilizando recursos públicos, se dirigiu ao exterior para difamar e conspurcar instituições e autoridades brasileiras; e, na volta ao Brasil, repetiu o feito em evento ‘online’ para estrangeiros e brasileiros residentes no exterior.
Dois interlocutores responderam a meu comentário de forma pouco razoável. Uma senhora imitou o som do gado; e um senhor pediu para “ser poupado”.
Alguns não conseguem produzir uma sentença; outros nem mesmo uma palavra, só zurro, mugido e relincho. Taí a razão por que são favoráveis à corrupção e à distopia, em detrimento da liberdade, verdade, coragem e ética. Preferem defensores de condenados em democracia e pré-candidato que não pode sair às ruas. Advogam a fraude e a violência. Como não haverá nem uma nem outra (falta-lhes qualificação) o resultado eleitoral está garantido. Os jovens e as futuras gerações não precisam se preocupar.
Outro interlocutor referiu-se às Forças Armadas como “instituições falidas e golpistas”.
De fato, haverá golpe! Porém o golpe será dado em outubro pela instituição chamada cidadania. Seus integrantes (brasileiros honestos e trabalhadores), são motivados por opção, vocação, valores, compromisso com a democracia; combate intransigente contra a corrupção, contra o apoio a ditaduras hediondas, contra a retirada de recursos das estatais e contra tantas outras formas de agir tão caras e apreciadas pelos oponentes. Querem a prova? Simples! Contra estes argumentos, virão ofensas e agressões!
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 25/Abr/2022]
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